Teresa quer inclusão de trabalhadores em debate sobre reabertura

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Publicado por Américo Rodrigo
5 de junho de 2020 às 07h00min
Foto: Roberto Soares

A deputada Teresa Leitão (PT) afirmou que, diferentemente dos empresários, os trabalhadores não foram ouvidos nas discussões sobre a reabertura das atividades econômicas em Pernambuco. Na Reunião Plenária desta quinta (4), a parlamentar fez um apelo ao Governo do Estado para que atenda à solicitação de diálogo das centrais sindicais e discuta o plano de convivência com a pandemia da Covid-19 em uma câmara técnica com empregadores e empregados.

A petista expressou que, além da preocupação com a economia, os empregos e a renda, é importante adotar estratégias para garantir a segurança dos trabalhadores, minimizando o risco de contágio pelo novo coronavírus. “Que medidas sanitárias foram exigidas dos empresários? Os empregados terão equipamentos de proteção individual (EPIs)?”, indagou, dando como exemplos os motoristas do transporte coletivo e as domésticas.

De acordo com a deputada, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) encaminhou ofício ao Governo do Estado pedindo uma audiência para apresentar dados e discutir o assunto. “A entidade foi recebida pela Secretaria de Administração e pelo secretário de Trabalho e Emprego, mas quer dar um passo adiante”, disse Teresa.

Ela reforçou o apelo, feito por meio de uma indicação, para a formação de uma câmara técnica com representantes da classe empresarial, dos trabalhadores, dos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo e do Ministério Público. Além de medidas de combate à doença, o grupo de trabalho teria a atribuição de buscar reduzir o impacto negativo na economia e minimizar os riscos à saúde dos trabalhadores.

A parlamentar também defendeu que a retomada das atividades econômicas seja rigorosamente monitorada, para evitar o retorno, no futuro, a um quadro de isolamento social ainda mais prejudicial à economia.

A petista ainda lembrou que o Governo Federal anunciou um pacote de ajuda de R$ 1,2 trilhão para os bancos, mas não tem garantido linhas de crédito para pequenos empresários. “Não é só o lucro que precisa ser considerado, mas também a vida das pessoas que, com seu trabalho, dão origem a esse rendimento”, concluiu.

Américo Rodrigo

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