Coluna da sexta-feira

Após falar publicamente pela primeira vez sobre sua pré-candidatura, João Campos (PSB) intensificou sua agenda ao lado de aliados. O socialista tem ao seu favor um exército de vereadores para fortalecer o seu projeto nos quatro cantos do Recife.

Um leque de partidos está em busca de fazer parte da chapa ocupando a vice do jovem parlamentar, a exemplo do MDB de Jarbas Vasconcelos, que ontem (06) recebeu o pré-candidato para uma conversa no seu escritório político.

Apesar de todo o desgaste envolvendo o prefeito Geraldo Julio (PSB) com as denúncias relacionadas ao combate à Covid-19, não se pode desconsiderar a força que o partido tem na capital pernambucana. João vai precisar de muito jogo de cintura para enfrentar a enxurrada de críticas que seus adversários tem disparado. Como resposta, o PSB deve usar uma das suas maiores potências: a propaganda.

Mesmo com João Campos (PSB) não liderando as pesquisas hoje, não se pode subestimar o potencial de quem está dentro da Prefeitura do Recife há 12 anos. Mas o herdeiro de Eduardo vai precisar modelar o discurso, porque apenas as críticas ao presidente Bolsonaro não serão suficientes e isso pode acabar cansando o eleitor, que quer discutir os gargalos da cidade.

Capitania hereditária – Uma das maiores críticas que João Campos (PSB) têm recebido é de querer manter um império familiar no estado. Eduardo Campos foi um dos políticos mais idolatrados pelo povo pernambucano. Foi governador duas vezes, e de quebra ajudou a eleger Paulo Câmara (PSB) e Geraldo Julio (PSB). Sua força é inegável.

Debate virtual – A pré-candidata a prefeita do Recife, Marília Arraes (PT), participa hoje (07) de uma live com o pré-candidato a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL). O partido comandado no estado por Severino Alves foi o primeiro a declarar apoio oficialmente à petista na capital pernambucana.

Queda – O prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), tem comemorado a redução da ocupação dos leitos de internamento de Covid-19. Nas últimas semanas a cidade sertaneja chamou atenção pelo alto número de casos registrados. 

Rachadinhas – O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) entrou com um pedido no Conselho Nacional do Ministério Público para que sejam trocados os promotores que investigam o caso das rachadinhas. O filho do presidente alega que tem foro privilegiado no caso. O ex-assessor de Flávio, Fabrício Queiroz, que é acusado de ser o operador do esquema na Alerj está em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.

Vacina – O presidente Jair Bolsonaro assinou ontem (06), a Medida Provisória que viabiliza recursos para produção e aquisição de vacina contra a Covid-19, produzida pelo laboratório AstraZeneca e Universidade de Oxford. A proposta prevê um crédito orçamentário extraordinário de R$ 1,9 bilhão para que a Fiocruz possa dar início à produção do imunobiológico.