Humberto critica cortes no Bolsa Família em meio à crise do coronavírus

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Por Américo Rodrigo
21 de março de 2020 às 09h11min
Foto: Roberto Stuckert Filho

A sessão remota histórica realizada pelo Senado, nesta sexta-feira (20), ficou marcada pela aprovação do decreto de estado de calamidade no Brasil em combate ao coronavírus e por duras críticas ao comportamento de Bolsonaro diante da pandemia. O senador Humberto Costa (PT) foi um dos que condenaram tanto a postura do presidente da República, como o seu incansável discurso de ódio e suas medidas para enfrentar a doença.

Segundo Humberto, que parabenizou os profissionais de saúde, da limpeza urbana e da segurança pública por estarem trabalhando até com jornadas mais extensas, correndo riscos e ficando pouco com as suas famílias, Bolsonaro não tem sensibilidade nem com os brasileiros que recebem o Bolsa Família nem com aqueles que estão presos no exterior sem conseguir voltar ao país.

“Ficamos sabendo hoje que o governo cortou mais de 158 mil bolsas de pessoas contempladas pelo programa, sendo a maioria no Nordeste. Isso condena o povo a mais sofrimento. É inadmissível. Além disso, Bolsonaro não tem ajudado os brasileiros retidos em muitos países por conta do coronavírus. O governo precisa dar uma  solução para esse caso. Já cobrei o Itamaraty nesse sentido”, ressaltou.

O parlamentar afirmou que a política econômica implementada por Paulo Guedes desde o ano passado agravou o quadro atual do país e que a agenda anunciada para conter os efeitos do Covid-19 vai na contramão do mundo e pune ainda mais os brasileiros.

Humberto entende que o Senado não pode se alinhar a essa agenda que o governo quer ver aprovada agora. Ele é contra a PEC dos fundos, que exclui importantes mecanismos de investimentos em diversos setores do país, e contrário à PEC emergencial, que prevê redução salarial até para médicos e professores.

Américo Rodrigo

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