Cenário Político: retorno da aliança é questão de tempo

Cenário Político
Publicado por Américo Rodrigo
7 de outubro de 2021 às 00h00min
Foto: Ricardo Stuckert

Coluna da quinta

Após dois encontros realizados nesta semana entre lideranças do PT e PSB, aumentaram as expectativas para a retomada de uma aliança entre as duas siglas. Mas, para que ela avance, algumas “pendências” precisam ser resolvidas, como a discussão sobre candidaturas em alguns estados em que a sigla socialista não abre mão de disputar o governo, a exemplo de São Paulo, Rio Grande do Sul, Maranhão e Pernambuco.

À coluna, um deputado socialista revelou, que apesar das especulações que giram em torno das recentes conversas, o debate sobre um apoio ao ex-presidente Lula tem ficado em segundo plano, já que a prioridade no momento é a construção de uma frente que seja capaz de derrotar Bolsonaro em 2022. Entretanto, o parlamentar considera que o nome do petista vem se consolidando junto a opinião pública.

O deputado ainda ressaltou que na reunião não houve discussão sobre formatação de chapa em Pernambuco, apesar de que nos bastidores já é dada como certa a participação dos petistas no palanque da Frente Popular. As duas legendas têm mostrado disposição em resolver os problemas regionais e, ao que tudo indica, o acerto para uma unidade entre esses partidos é só questão de tempo.

Falta – Prestes a embarcar no PSD, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), não compareceu à convenção que oficializou a fusão do seu partido com o PSL. O senador vem sendo cortejado para disputar a Presidência da República no próximo ano e pode se apresentar como uma das alternativas da terceira via.

Derrota – Durante convenção realizada ontem (06), em Brasília, o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, apresentou requerimentos para análise do União Brasil. Em um deles, o deputado licenciado pedia apoio da nova legenda à candidatura de reeleição de Bolsonaro. As solicitações foram indeferidas pelo presidente nacional da sigla, Luciano Bivar.

Função – O ex-ministro Mendonça Filho, que por 14 anos presidiu o DEM em Pernambuco, assumirá uma das vice-presidências do União Brasil. Além da nova missão, Mendonça também ficará à frente da Fundação Índigo, responsável pela formação de líderes, gestares e da base partidária.

Números – O União Brasil nasce como a maior sigla do país, com 81 deputados federais, sete senadores , três governadores e ainda R$ 160 milhões de fundo partidário. O número da legenda é o 44. Em Pernambuco o partido comanda importantes municípios a exemplo Belo Jardim, Bezerros e Petrolina.

Engajamento – A prefeita de Bezerros, Lucielle Laurentino, marcou presença na convenção que aprovou a fusão entre DEM e PSL. A gestora sempre fez questão de comparecer aos eventos partidários, antes mesmo de ter sido eleita no ano passado. Nas próximas eleições Lucielle deve apoiar Andréa Mendonça para estadual e Mendonça Filho para federal.

Américo Rodrigo

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