Coluna da segunda
Em uma eleição emocionante do início ao fim do primeiro turno, deu o que as pesquisas já vinham apontando: Danilo Cabral fora do segundo turno em Pernambuco. Apesar de exaltar confiança na reta final, tentando vender uma falsa ideia de “virada” sobre os adversários, o eleitor resolveu dar um basta no PSB.
Mesmo com apoio de 120 prefeitos, nove partidos políticos, incluindo o seu, e com 40% de tempo do programa eleitoral de TV, Danilo Cabral recebeu 885.994 votos e por muito pouco não fica atrás de Miguel Coelho (UB), ex-prefeito de Petrolina, que cresceu nos números nas duas últimas semanas.
Após a morte prematura do ex-governador Eduardo Campos, o PSB parece não ter se encontrado, mesmo elegendo e reelegendo o governador Paulo Câmara (PSB), que vai precisar organizar a casa para entregar a chave do Palácio a sua sucessora. Já aos socialistas, restará se recompor para disputar novamente o Governo de Pernambuco em 2026, com João Campos (PSB), mas essa eleição ainda passará por 2024.
Apoio
Antes mesmo do resultado final, mas com um cenário já indicando que não iria ao segundo turno, Miguel Coelho (UB) declarou apoio a Raquel Lyra (PSDB) para o segundo turno. O ex-prefeito de Petrolina recebeu 884.941 votos para o Governo de Pernambuco.
Conservadores
Os dois deputados estaduais e federais mais votados de Pernambuco são considerados bolsonaristas. O Pastor Júnior Tércio (PP) e o Coronel Alberto Feitosa (PL) ficaram no topo para a Alepe. Já para Câmara Federal, as duas primeiras colocações ficaram para André Ferreira (PL) e Clarissa Tércio (PP).
Queda
Considerada um fenômeno eleitoral em 2018, quando recebeu 412.636 votos, a Delegada Gleide Angêlo (PSB) caiu bastante sua votação este ano. Ela era considerada uma puxadora da chapa e foi votada ontem (2) por 118.869 pernambucanos. Mesmo assim, seu partido elegeu a maior bancada da Alepe.
Enfraquecimento
Candidato à reeleição, Zé Queiroz (PDT) recebeu ontem (2) 33.216 votos, sendo 24.583 em Caruaru. Apesar de ter sido majoritário, o fato de ter ficado sem mandato pode dificultar a disputa pelo comando do Palácio Jaime Nejaim daqui a dois anos.
Casa Alta
Mesmo que não seja reeleito, Bolsonaro conseguiu emplacar aliados importantes no Senado Federal para os próximos oito anos. Foram eleitos os ex-ministros: Marcos Pontes (PL), Rogério Marinho (PL), Damares (Republicanos) e Tereza Cristina (PP).