O governador Paulo Câmara (PSB) ficou de fora do primeiro escalão do governo Lula. O chefe do Palácio do Campo das Princesas vinha sendo cotado, desde a vitória do petista, para comandar um dos 37 ministérios, mas o PSB, que acolheu Geraldo Alckmin, foi contemplado com três pastas que serão ocupadas por Flávio Dino, Márcio França e o próprio vice-presidente eleito.

Da semana passada para cá, diversos aliados que já viam definhar a possibilidade de o governador de Pernambuco estar na Esplanada dos Ministérios, iniciaram uma mobilização em prol de Paulo Câmara, destacando suas qualidades e o quanto seria importante que ele tivesse um espaço em alguma das pastas. Os petistas Teresa Leitão (senadora eleita) e Humberto Costa (senador); e os deputados federais eleitos, Pedro Campos e Eriberto Medeiros, ambos do PSB, foram alguns dos entusiastas.

Chegaram a surgir três opções para Câmara: assumir a Controladoria Geral da União; Ministério do Turismo ou Ministerio do Planejamento. Na terça-feira (27), o governador de Pernambuco tinha uma viagem marcada para Brasília, onde costuraria com Lula qual espaço seria disponibilizado, mas os planos mudaram e Paulo Câmara deu continuidade aos seus compromissos no próprio estado.

Com a demora na divulgação da agenda de hoje, acreditava-se que o governador pudesse estar presente no anúncio dos últimos auxiliares feito, há pouco, por Lula. Entretanto, a agenda chegou com diversos compromissos ao longo do dia e, enquanto Paulo inaugurava uma estação de tratamento de esgoto no Recife, o presidente eleito consumava sua lista de ministros que inclui três pernambucanos, entre eles, a vice-governadora do estado, Luciana Santos, que sempre teve pouco protagonismo à frente do cargo, mas preside nacionalmente o PCdoB, que é uma das legendas que integra a federação do Partido dos Trabalhadores.