Um dos primeiros a criticar as medidas adotadas pelo Governo do Estado, através do decreto 54.393, o deputado estadual João Paulo (PT) disse que recuou da ideia de derrubar o ato administrativo.

Em conversa com o Blog Cenário, o parlamentar exaltou a iniciativa da governadora Raquel Lyra (PSDB), que chamou os deputados para uma reunião que aconteceu hoje (6), no Palácio do Campo das Princesas.

“Ela propõe o diálogo com o Poder Legislativo e isso é muito positivo. Não mandou os projetos sem conversar com os deputados”, avaliou.

Durante o encontro para tratar dos Projetos de Lei que serão enviados à Alepe e da sabatina a qual Thallyta Figueiroa será submetida, João Paulo fez questionamentos sobre o polêmico decreto.

“Ela [Raquel Lyra] justificou, dizendo que a antiga secretária de Administração colocou para ela que tinha perdido o total controle dos servidores à disposição e dos convênios. Disse que ela tinha tomado essa atitude [o decreto] no sentido de ter uma radiografia detalhada, mas que todos os problemas de gravidade e de comprometimento do serviço público, ela estaria revendo”, afirmou João Paulo.

Nesta semana, o petista enviou um ofício ao presidente da Alepe, deputado Eriberto Medeiros (PSB), solicitando a convocação de uma reunião da Alepe para debater as medidas, e ainda protocolou um decreto legislativo para tornar sem efeito as exonerações feitas por Raquel. Depois da conversa, João Paulo disse que foi convencido e decidiu não dar andamento às duas matérias.

“Eu acho que a explicação dela sana o problema. Acho que encerra, porque a minha grande preocupação era o comprometimento dos serviços públicos e dos setores que são essenciais”, afirmou.