Dani afirma que não abre mão da candidatura e diz que Túlio tem “comportamento de menino”

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Publicado por Karol Matos
25 de abril de 2024 às 11h50min
Foto: Fran Silva

Pré-candidata a prefeita do Recife pelo PSOL, a deputada estadual Dani Portela não está disposta a correr da disputa na capital pernambucana. Há alguns dias, ela chegou a dizer que estava sendo invisibilizada, mas em entrevista ao Blog Cenário garantiu que vai colocar o bloco na rua.

Com exceção do prefeito que nunca saiu da rua, não estou vendo nenhuma campanha na rua. Dos possíveis candidatos, um se filiou há poucos dias no partido em que ainda vai disputar, Gilson, ninguém sequer sabe se é candidato ou não… então a cobrança vem justamente na candidatura de uma mulher preta, mãe, puérpera. Respiramos três meses, agora vamos começar a colocar a campanha na rua de maneira propositiva e programática”, afirmou Dani Portela.

Dentro da federação Rede-PSOL, ela disputa com Túlio Gadêlha (Rede) a postulação à Prefeitura do Recife. Para ela, o parlamentar não  tem respeitado a coletividade da federação e agido por vontade própria.

Ele tem escolhido jogar com as regras dele. Ele parece não seguir regras coletivas e isso não é uma prática de agora. Essa coisa de que ‘se contraria o que eu quero, vai ser do jeito que eu quero’. Então eu sinto um desrespeito profundo ao próprio partido dele, a Rede Sustentabilidade, já que a candidatura dele não foi dialogada nem no partido dele. É uma parte da Rede, não é o conjunto e sequer é a maioria da Rede Sustentabilidade”, criticou. 

Dia 30 deste mês, a federação vai decidir o método, para discutir como vão escolher o nome entre os pré-candidatos que se colocarem para a disputa. Atualmente o PSOL tem 70% de representação na federação, enquanto a Rede possui apenas 30%.

Ainda ontem (24), como trouxemos em outro trecho da entrevista, Dani, que é líder da oposição na Alepe, afirmou que se for escolhido candidato, Túlio deve atuar como um “auxiliar” de Daniel Coelho (PSD) e da governadora Raquel Lyra (PSDB) no pleito [clique aqui e leia]. A deputada que deu à luz três meses atrás foi bem dura em relação à postura de Gadêlha, chamando ele de “menino”.

Eu venho do movimento negro, eu sou militante da Rede de Mulheres Negras de Pernambuco, em que a gente toma decisões coletivas cotidianamente. Então eu não vou chegar na política para tirar da cartola uma decisão sozinha, porque eu quero e pronto. Acho que a gente precisa amadurecer. Eu não fui mãe aos 48 anos para abrir espaço para comportamento de menino, não”, alfinetou Dani.

Karol Matos

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