Candidata do PSOL em Caruaru diz que gestão tucana deixa dívidas como legado

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Publicado por Karol Matos
16 de agosto de 2024 às 15h39min

A candidata a prefeita de Caruaru, Michelle Santos, que representa a federação PSOL-Rede, foi a entrevistada desta sexta (16), no programa Mesa Redonda, da Cultura FM, que realiza uma série de sabatinas com os postulantes ao Executivo. As entrevistas são realizadas em parceria com o Blog Cenário.

Na oportunidade, a advogada criticou os empréstimos realizados pela gestão, sendo o primeiro deles contraído ainda por Raquel Lyra (PSDB), quando foi prefeita do município, tendo Rodrigo Pinheiro (PSDB) como vice. Ele deu continuidade e conseguiu contrair outra operação de crédito por meio do Finisa durante sua administração.

“Esse ano, Caruaru pagou R$ 22 milhões de amortização da dívida do empréstimo com a Caixa Econômica. A dotação [de empréstimo] é R$ 40 milhões, ano passado foi R$ 30 milhões. Sabe quanto foi destinado à Secretaria de Desenvolvimento Rural esse ano? R$ 35 milhões, ou seja, muito menos do que a gente paga de juros. Então, será mesmo que a prioridade é pagar empréstimo? Para onde foi esse dinheiro? Qual é a eficácia de aplicação desse dinheiro?”, questionou Michelle. “Não precisava do empréstimo. Sabem o legado que essa gestão deixou? Dívida. Dívida para o povo de Caruaru. Dívida, hospital fechado, ruas esburacadas. Esse é o legado que deixou”, completou.

No momento do “ping-pong”, Michelle Santos adjetivo alguns dos seus oponentes e outros políticos das esferas estadual, nacional e internacional. Algumas afirmações chamaram atenção. Primeiro, quando classificou o atual prefeito como “ineficiente” e chamou o candidato do PL, Fernando Rodolfo, de “oportunista”. Depois, ao ser questionada se Raquel Lyra seria um exemplo para ela, a candidata foi dura na resposta, afirmando que a governadora reproduz atitudes machistas no seu governo.

“Ela me ensina como não ser mulher na política. Ela reproduz, inclusive em uma escala muito maior, a visão machista… eu não estou dizendo que ela é machista, mas, para mim, ela reproduz essa visão. Ela reproduz um homem na política. Eu não sinto uma mulher naquele lugar. É importante a gente pontuar isso, Raquel reproduz o mesmo modelo de política que nos afasta da política, Raquel reproduz o mesmo modelo de política que nos oprime, ela reproduz o modelo de política que a gente tem que ser contra”, avaliou Michelle.

Karol Matos

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