
Após a prisão do cantor Oruam, nesta terça (22), no Rio de Janeiro, o deputado estadual Pastor Júnior Tércio (PP) voltou a cobrar a aprovação, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), da chamada Lei Anti-Oruam. Investigado por envolvimento com facções criminosas, o artista ganhou notoriedade por músicas que romantizam o tráfico de drogas e a violência, muitas vezes apresentadas em shows custeados com dinheiro público.
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O episódio reacende o debate sobre o tipo de conteúdo financiado com dinheiro público e reforça a importância do Projeto de Lei 2589/2025, de autoria do parlamentar. A proposta veda o uso de recursos públicos para apoiar eventos voltados ao público infantojuvenil que promovam o crime organizado ou incentivem o consumo de drogas ilícitas.
Atualmente em tramitação na Alepe, o projeto surge como uma reação direta à crescente normalização da criminalidade no cenário cultural. “O que estamos vendo é a confirmação de uma realidade que já vínhamos denunciando. Muitos desses artistas não apenas cantam sobre o crime, eles fazem parte dele. A prisão de Oruam mostra o quanto é urgente impedir esse tipo de influência sobre a juventude”, afirmou Pastor Júnior Tércio.
O deputado também ressaltou a necessidade de responsabilidade no fomento cultural. “A cultura e a arte têm um papel essencial na formação de valores. São ferramentas poderosas de transformação. Mas não podemos fechar os olhos para manifestações que glorificam o crime e colocam em risco o desenvolvimento das nossas crianças e adolescentes”.