Ex-prefeito de Caruaru em quatro ocasiões e contando com cinco passagens pela Assembleia Legislativa de Pernambuco, Zé Queiroz (PDT) tem usado os microfones das rádios na Capital do Agreste para propagar que será mais uma vez candidato ao Executivo municipal.
Numa condição bem diferente de outras disputas do passado, Zé tem feito conversas com representantes de diversos partidos, entretanto, não tem sacramentado o apoio dessas legendas para o seu palanque. Ele também tem encontrado dificuldades de atrair nomes competitivos para formatar as chapas proporcionais, podendo até comprometer a reeleição do vereador Fagner Fernandes (PDT).
Um outro fator é que ninguém sabe o que Queiroz pensa sobre o futuro da cidade. Caruaru tem caminhado para se tornar uma metrópole e os desafios não são os mesmos do passado. O pedetista chegou a dizer em entrevista à Rádio Cultura que não iria falar sobre projetos, para que seus adversários não o copiassem, chegando a afirmar que a Sudene usou desse artifício.
O que dá a entender é que o experiente político, apesar de todo esforço para manter viva a ideia de tentar voltar ao Palácio Jaime Nejaim, não tem conseguido avançar. E por isso, se apega ao que foi feito em gestões anteriores. A postura de Zé Queiroz também não tem contribuído para o debate local, chegando ao fim do ano sem apresentar um fato novo.
Construção – Um aliado de Zé Queiroz (PDT) chegou a revelar que além do seu partido, ele tem engatilhado o apoio do PSB e da federação, que é composta por PT, PV e PCdoB. Caso essa aliança seja mesmo concretizada, daria uma outra condição de disputa ao ex-prefeito no próximo ano. Entretanto, representantes dessas legendas garantem que nada está fechado.
Relação – Padrinho do prefeito Rodrigo Pinheiro (PSDB), o ex-deputado Zé Queiroz (PDT) afirmou em entrevista à Rádio Cultura que o afilhado nunca quis seguir seus conselhos. Entretanto, questionado sobre quais conselhos seriam esses, o pedetista disse que não chegou a dar nenhum conselho ao gestor.
Disputa acirrada – A eleição em Camaragibe promete ser uma das mais concorridas dos últimos anos. Embora faça uma boa gestão, a oposição tem apresentado nomes competitivos que podem dificultar a chance prefeita Doutora Nadegi (Republicanos) de emplacar seu sucessor com facilidade.
Oposição – Ex-candidato ao Governo de Pernambuco, o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (UB), que hoje faz parte do grupo do prefeito do Recife, João Campos (PSB), voltou a criticar o governo Raquel Lyra. Em uma publicação nas redes sociais, Miguel afirmou que baixar o IPVA e aumentar o ICMS “é como dar com uma mão e tirar com a outra”.
Números positivos – A governadora Raquel Lyra (PSDB) fecha o primeiro ano de gestão com diversos motivos para comemorar. Além da retomada das obras inacabadas, Pernambuco foi o 1º lugar na geração de empregos do Nordeste em novembro e o 2º do país que mais reduziu gastos de custeio em 2023.