A disputa entre os grupos liderados por Anderson Ferreira e Gilson Machado saiu dos bastidores do Partido Liberal para se tornar público. O embate por mais espaço e influência ganhou ainda mais visibilidade depois das eleições municipais deste ano, quando o ex-ministro de Bolsonaro iniciou uma série de acusações de que a direção da legenda em Pernambuco teria boicotado sua campanha.
A chapa formada por Gilson e Leninha Dias recebeu R$ 6 milhões do fundo partidário, entretanto, o resultado foi muito distante do esperado, apenas 13,90% dos votos válidos, sendo essa a pior derrota do partido nas capitais brasileiras. Mesmo com todo tensionamento, o PL elegeu uma boa bancada de vereadores no Recife, 4 ao todo, sendo um deles o 2º mais votado entre todos os eleitos.
Os irmãos Ferreira detém a confiança do cacique nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, e essa relação posiciona bem Anderson e André na tomada de decisões. Com 5 estaduais e 4 federais, o PL cresceu em Pernambuco, mas os recentes episódios podem desencadear uma série de consequências que fragilizem o partido, ou pelo menos alguma das alas.