
O deputado estadual Renato Antunes (PL) endossou integralmente a nota da Federação Israelita de Pernambuco, divulgada após o pronunciamento do deputado João Paulo (PT) na Assembleia Legislativa, em 27 de maio. Em tom direto, Renato acusou o ex-prefeito do Recife de praticar uma “covardia retórica” ao utilizar o termo genocídio para se referir ao conflito na Faixa de Gaza. Segundo ele, a fala carrega um viés antissionista e distorce de forma ideológica a realidade do Oriente Médio.
A nota da federação classifica como leviana a acusação de genocídio, argumentando que o uso impreciso do termo compromete a seriedade do debate público e ignora a complexidade da guerra contra o Hamas — grupo que, segundo o texto, governa Gaza desde 2007 com métodos autoritários e ações terroristas. Renato alinhou-se a essa crítica. “É cruel e irresponsável usar essa expressão num contexto tão sensível. Isso alimenta ódio e mascara os verdadeiros responsáveis pela tragédia”.
O parlamentar também criticou o que chamou de “silêncio seletivo” de João Paulo em relação a outras crises humanitárias, como as da Síria, Ucrânia e Sudão. Para Renato, a indignação do petista segue uma lógica ideológica e seletiva. “É mais um episódio da velha prática petista de manipular causas humanitárias conforme sua conveniência política”, disse.
Renato ressaltou que a nota da Federação não minimiza o sofrimento em Gaza, mas faz um apelo pela paz duradoura, com coexistência de dois Estados e segurança para todos os povos da região. Segundo ele, esse é o caminho da “responsabilidade, da justiça e da paz — não o da retórica incendiária adotada pelo PT”.
Por fim, o deputado afirmou que temas sensíveis como esse exigem cuidado e responsabilidade. “Isso é muito sério. A gente precisa entender que não há espaço para revisionismo, nem para discursos que reciclarem preconceitos históricos. A Assembleia não pode servir de palco para discursos que colocam a comunidade judaica em risco e estimulam o extremismo político disfarçado de solidariedade humanitária”, concluiu.