Palácio vai reunir base para avaliar judicialização do jogo de cadeiras com foco na CPI

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Por Karol Matos
18 de agosto de 2025 às 16h55min
Foto: Américo Rodrigo

Em conversa com a imprensa, a líder do governo na Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputada Socorro Pimentel (UB), comentou sobre o movimento que tirou os deputados Diogo Moraes, Waldemar Borges e Júnior Matuto do PSB, e os filiou ao PSDB, MDB e PRD, respectivamente, para fortalecer a oposição e enfraquecer o blocão governista nas indicações para a Comissão Parlamentar de Inquérito.

Para Socorro, a dança das cadeiras comprovou que a CPI tem a marca do PSB, com interesses políticos eleitorais envolvendo a disputa de 2026.

“Agora foi cravada a digital do PSB desde o início da formação dessa CPI para que houvesse algum movimento para desestabilizar a governadora Raquel Lyra. De fato se descortinou. A gente vê isso com uma certa insatisfação, mas a gente fica temoroso com o que pode acontecer, porque o regimento não importa para essa Casa, a Constituição. São manobras políticas que apontam que por trás dessa CPI é o ‘poder pelo poder’. A gente tem uma antecipação eleitoral clara e agora nítida. Alguns deputados estão utilizados para que essa manobra aconteça e a gente fica com o coração muito triste”, disse Socorro.

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O prazo para que os blocos e partidos indiquem os participantes da CPI encerra às 18h desta segunda (18). Além da CPI, a mudança nos partidos também muda a composição das comissões permanentes da Casa. A parlamentar não descartou a tentativa de judicialização do caso e revelou que ainda hoje haverá uma reunião no Palácio do Campo das Princesas para avaliar os próximos passos que serão dados.

Na disputa pelas comissões em fevereiro, a base governista chegou a tentar judicializar a eleição para os três principais colegiados. À época, houve o entendimento de ser um caso interna corporis e que não caberia ao Judiciário interferir em outro poder. Socorro, no entanto, acredita que desta vez pode haver uma saída.

”Isso [judicialização] ainda não foi pautado entre a gente, é o meu sentimento, mas a gente tem que buscar uma alternativa e buscar algo fora desse Poder. A gente já viu que aqui dentro não vai conseguir avançar em nada. Então, a gente precisa avançar através da Justiça, mas é uma pauta que a gente ainda vai conversar…. Talvez tenha [tempo hábil]. ‘Política, nem nunca, nem sempre’. A gente tem duas horas para que a gente possa ter uma alternativa”, finalizou.

Karol Matos

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