
Durante discurso no 17º Encontro do Partido dos Trabalhadores de Pernambuco, que acontece neste domingo (24), no Recife, a senadora Teresa Leitão (PT) fez algumas falas que foram sentidas como “recados” políticos aos principais nomes que devem disputar o Governo de Pernambuco em 2026. Ao defender a recondução do colega de parlamento, Humberto Costa (PT), Teresa fez questão de citar que é preciso estar numa chapa que tenha condições de vencer e que defenda o presidente Lula.
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“Nós queremos Humberto eleito. Agora, Humberto vai ser candidato avulso? Não! Humberto vai ter que estar numa chapa com governador, vice-governador e dois candidatos ao Senado para apoiar o presidente Lula. Então não dá para a gente ficar nesse mi-mi-mi de querer Humberto sem uma chapa vitoriosa e que apoie o presidente Lula”, afirmou.
Recentemente, Lula esteve em Pernambuco e a governadora Raquel Lyra (PSD) escolheu ignorar a presença do presidente e priorizar agendas da própria gestão, dando claros sinais de afastamento do chefe da União e deixando seu principal concorrente na disputa para 2026, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), brilhar sozinho.
Apesar disso, Raquel tem atuado bem próxima de lideranças do PT no estado, a exemplo da bancada do partido da Alepe, que reza a cartilha governista, e o presidente do partido empossado há pouco, deputado federal Carlos Veras.
Teresa completou sua fala cobrando celeridade de Veras na decisão e fez referência à pesquisa Quaest divulgada ao longo da última semana, mostrando que se a eleição fosse hoje João Campos venceria no primeiro turno. Para ela, é preciso que para a escolha entre os palanques colocados, o PT tenha protagonismo e condições de crescimento.
“A gente vai deixar Humberto solto para escolher quando? Para que lado o PT vai? Qual a tática eleitoral para o PT em 2026, qual o melhor palanque para eleger o presidente Lula? É este o desafio que esta gestão está em mãos e eu espero que não enrole para que abra esse debate com a base. Eu espero que a gente analise, não apenas dados de pesquisa, que são um indicador, mas não são os únicos. Nessa chapa, qual será a nossa condição de ampliar a nossa bancada federal, de ampliar a nossa bancada estadual para a gente poder dizer: ‘protagonismo é isso’?”, finalizou.