
O deputado estadual Renato Antunes (PL) reagiu com ironia e contundência às recentes declarações do deputado federal Pedro Campos (PSB), que criticou a atuação do governo Raquel Lyra. “É uma fala que causa estranhamento. Ver um parlamentar do PSB cobrar que não há entregas em Pernambuco, de um governo que em apenas três anos, destravou investimentos estratégicos, quando o próprio partido dele, durante mais de uma década no poder, transformou o estado num canteiro de obras paradas e anúncios não cumpridos, demonstra falta de coerência dos socialistas”, pontuou.
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Para Renato, o PSB tenta agora se reposicionar como se fosse guardião da eficiência administrativa, ignorando o histórico de abandono e promessas não cumpridas que marcaram as gestões anteriores.
“O PSB vive hoje uma inversão completa de papéis: depois de ser o responsável direto por anos de estagnação em Pernambuco, quer posar de fiscal da boa gestão e dar lição de moral no governo que está destravando o que eles mesmos pararam”, disparou Renato Antunes
“É curioso ver parlamentares que herdaram um estado paralisado se apressarem para cobrar celeridade de um governo que, em apenas três anos, já destravou investimentos em infraestrutura, saúde e educação que ficaram engavetados por mais de uma década”, acrescentou Renato.
O deputado ressaltou que Pernambuco voltou a receber grandes aportes em áreas estratégicas, com foco em planejamento de médio e longo prazo, o que, segundo ele, contrasta com o modelo “publicitário” que o PSB implementou enquanto esteve à frente do Palácio do Campo das Princesas. “O marketing do PSB foi eficiente para vender um Estado que nunca saiu do papel. Faltou execução, sobrou propaganda”, disparou.
Antunes também direcionou críticas ao prefeito do Recife, João Campos (PSB), apontando que sua administração tem sido marcada por aditivos contratuais e por uma “antecipação eleitoral disfarçada de agenda administrativa”. O deputado afirma que a gestão municipal na capital virou vitrine para projetos que visam mais à exposição política do que à solução de problemas estruturais. “João governa com os olhos na eleição e a caneta nos aditivos. É um estilo que herdou do partido e que o Recife conhece bem”, afirmou o parlamentar, que foi vereador da capital por dois mandatos.
O tom adotado por Renato Antunes, que se coloca como um opositor da sigla socialista desde a Câmara do Recife, demonstra um acirramento entre os grupos políticos do estado.
Segundo o deputado, os socialistas agora tentam assumir uma postura de cobradores da gestão pública, enquanto evitam qualquer responsabilidade sobre os entraves que ainda impactam o funcionamento da máquina estadual.
“É fácil vestir agora a fantasia de oposição responsável. Difícil é explicar ao povo o que fizeram – ou melhor, o que deixaram de fazer – quando tinham todas as ferramentas na mão e governaram sozinhos por mais de uma década”, alfinetou.