Coluna da segunda-feira

Nome apoiado pelo Governo Federal na disputa pela presidência da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP) vem aos poucos caminhando para consolidar sua vitória no dia 1º de fevereiro. Enquanto Baleia Rossi (MDB) tem investido no “atacado”, Lira vem trabalhando no “varejo”, principalmente com parlamentares que estão em rota de colisão com os próprios partidos, como é o caso de Felipe Carreras, do PSB, que é um dos mais entusiastas do projeto encabeçado pelo alagoano.

Caso o resultado se confirme positivo para Arthur Lira, a possibilidade de um impeachment de Bolsonaro, que vem tomando corpo nos últimos dias, vai por água abaixo, já que o presidente ficará ainda mais blindado do que já é atualmente. Os deputados André de Paula (PSD) e Eduardo da Fonte (PP) revelaram à coluna que o bloco liderado por Lira trabalha com a possibilidade de ter 300 votos. Para vencer são necessários 257. Entre os representantes de Pernambuco a estimativa é de que ele receba entre 15 e 18 votos.

A adesão da oposição ao candidato de Rodrigo Maia (DEM) gerou logo de cara um clima positivo, mas com o passar dos dias foi perdendo força. Mesmo com a cúpula do PSL apoiando Rossi, a maioria da bancada decidiu migrar para o conjunto liderado por Arthur Lira. Como o voto é secreto, o movimento deve estimular mais traições durante a reta final, sagrando de vez o triunfo do bolsonarista.

Nova visita – Tentando conter uma debandada dos seus apoiadores, o deputado Baleia Rossi (MDB) cumpre agenda amanhã (26), em Pernambuco. Ele se reúne com o governador Paulo Câmara (PSB), no Palácio do Campo das Princesas, para tentar garantir no seu palanque os socialistas inclinados a votar em Arthur Lira (PP). Missão quase impossível.

Mal estar – A deputada Luiza Erundina (PSOL) fez questão de expor a divisão que existe internamente no partido em relação a disputa pela presidência da Câmara. Recentemente a sigla lançou seu nome para concorrer ao posto, mas uma ala defende apoio a Baleia Rossi (MDB), numa tentativa de somar esforços e vencer Arthur Lira (PP). Erundina classificou o movimento como “fisiologismo”.

Gravidade – De acordo com um dos fundadores do MBL, o deputado federal Kim Kataguiri (DEM), há motivos mais graves para o impeachment do presidente Jair Bolsonaro do que os que levaram à queda da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016. Ele aponta que a atual situação envolve diretamente a vida de dezenas de milhares de brasileiros.

Resultado – De acordo com pesquisa Datafolha, para 46% dos brasileiros o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), faz mais que o presidente Jair Bolsonaro no combate à Covid-19. O resultado vem após a vitória política de Doria sobre Bolsonaro, na corrida pela vacinação no Brasil. Foram ouvidas 2.030 pessoas nos dias 20 e 21 de janeiro.

Ponto turístico – Cartão postal de Garanhuns, o Relógio das Flores completa hoje (25) 40 anos de história. Para não gerar aglomeração, devido à pandemia, a prefeitura não realizará evento comemorativo. O prefeito Sivaldo Albino (PSB) aproveitou a oportunidade para anunciar que, em breve, um novo projeto paisagístico para o relógio será apresentado.