Cenário Político: o cálculo de João Campos para 2024

Cenário Político
Publicado por Américo Rodrigo
8 de outubro de 2022 às 07h00min
Foto: Marcos Pastich

Principal liderança do PSB em Pernambuco, o prefeito João Campos ainda não se posicionou sobre quem pretende apoiar para o segundo turno na eleição estadual. Ontem (7), por meio de uma nota, seu partido manifestou um discreto apoio à candidatura de Marília Arraes (SD).

O resultado do dia 30 de outubro deve influenciar diretamente na eleição do Recife em 2024, onde João Campos tentará sua reeleição. Caso Raquel Lyra (PSDB) se torne governadora, a tucana já teria um virtual nome para disputar o Palácio Capibaribe: Priscila Krause (Cidadania).

Já Marília, a princípio, não dispõe de nomes competitivos entre os seus aliados para a disputa, mas existem, entre ela e o gestor recifense, questões familiares que vão muito além da eleição. Mesmo não tendo conseguido fazer Danilo majoritário na capital pernambucana, a palavra de João Campos tem um peso político e simbólico, que pode refletir neste e no pleito seguinte.

Linha de frente
Com a ausência de Raquel Lyra (PSDB) nesta última semana, Daniel Coelho e Priscila Krause, ambos do Cidadania, assumiram com maestria as articulações da campanha neste segundo turno. Foram apoios recebidos de deputados, prefeitos, vereadores e lideranças de todas as regiões do estado.

Dissidente
Mesmo com o PSB indicando voto na candidata de Lula neste segundo turno, o deputado Rodrigo Novaes anunciou, ontem (7), seu apoio a Raquel Lyra (PSDB). O parlamentar foi o 5º mais votado para a Alepe e tem uma forte influência em municípios do Sertão pernambucano.

Livre
Prefeita de Serra Talhada e maior liderança política petista no Sertão, Márcia Conrado caminha para oficializar seu apoio a Raquel Lyra (PSDB). O PT deu a liberdade para que a gestora sertaneja escolha o nome que ela entender que seja melhor para a Capital do Xaxado. No primeiro turno, a tucana recebeu apenas 2.831 votos na cidade.

Racha
Não dá mais para esconder a guerra no União Brasil entre os grupos liderados por Luciano Bivar e Miguel Coelho. Enquanto um defende abertamente o nome de Marília Arraes (SD) neste segundo turno o outro quer Raquel Lyra (PSDB) no Palácio do Campo das Princesas a partir de 2023.

Neutralidade
Ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) decidiu não se posicionar no segundo turno da eleição presidencial. Entretanto, caso queira vencer Onyx Lorenzoni (PL), candidato de Bolsonaro, precisará dos votos dos petistas.

Américo Rodrigo

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