Com a vitória de Raquel Lyra (PSDB) no último domingo (30), uma nova configuração política passará a existir em Pernambuco, já com desdobramentos para as eleições municipais em 2024. Enquanto alguns partidos estarão na base de apoio a tucana, outros naturalmente atuarão na oposição.

Ainda antes da apuração ser concluída, Marília Arraes (SD) cancelou a coletiva de imprensa e se manifestou por meio de uma nota. No texto, a parlamentar afirma que estará “à frente das oposições” ao novo governo. É legítimo que ela queira atuar neste campo. Entretanto, deve trabalhar de maneira isolada.

Mesmo contando com um amplo apoio de partidos e deputados no segundo turno, muitos deles estiveram com Marília, não pela capacidade de agregar, já que antes estavam com Danilo Cabral (PSB), mas por ela representar o palanque de Lula contra uma candidata que não abriu voto para presidente.

Fato é que Marília implodiu a Frente Popular, quando negou o pedido de Lula para disputar o Senado na chapa de Danilo. A ex-petista também não quis cumprir agenda ao lado de Dilma Rousseff (PT), visando, com isso, perder votos. Como político sem mandato é apenas eleitor, Marília perderá espaço e protagonismo.

Pausa
Eleitas para comandar os rumos do Estado a partir de 2023, Raquel Lyra (PSDB) e Priscila Krause (Cidadania) não terão atividades públicas nos próximos dias, incluindo entrevistas. A dupla retomará as atividades no início da semana que vem.

Oposição
Em entrevista à Rede Pernambuco de Rádios, o presidente do PSOL-PE, Tiago Paraíba, confirmou que a sigla deve atuar na oposição a Raquel Lyra (PSDB). O partido conseguiu eleger a vereadora Dani Portela para a Casa de Joaquim Nabuco.

Ato golpista
Segundo deputado estadual mais votado nestas eleições, Alberto Feitosa (PL) foi até o Comando Militar do Nordeste para integrar o grupo que não aceita o resultado da eleição presidencial. A movimentação tem atrapalhado milhares de pernambucanos que precisam trafegar pelo local.

Composição
Adversários históricos, o PT cogita convidar o PSDB para compor o novo governo de Lula. Já no segundo turno, nomes como Aloysio Nunes, Tasso Jereissati e Fernando Henrique Cardoso declararam apoio ao petista.

Empreendedor
Um ambulante aproveitou as manifestações nas BRs 104 e 232, em Caruaru, para comercializar camisas do Brasil. Não deu outra, vendeu todo o produto que levou e ainda precisou buscar uma nova remessa.