Coluna do sábado
Eleito no último domingo (30) na chapa encabeçada por Lula, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), tem demonstrado que está longe de ser um vice decorativo. Indicado para coordenar a transição de governo, o ex-tucano deu início às primeiras movimentações nesta semana.
Alckmin conquistou rápido a confiança dos “companheiros”. E durante a campanha, foi peça fundamental para aproximar Lula de alguns setores do centro que tinham resistência ao projeto do PT. O vice também deve ter um peso na escolha de ministros, considerando que a ideia é fazer um governo de coalizão.
Após fracassar na disputa para a Presidência da República em 2018, quando conquistou apenas 4,76% do total de votos, Alckmin voltou ao centro do poder depois de quatro anos distante dos holofotes. A ascensão do pessebista ao Planalto também abre espaço para seu partido, que encolheu no número de parlamentares no Congresso.
Ponte
A governadora eleita de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), disse que conversou com o vice-presidente eleito e coordenador da equipe de transição, Geraldo Alckmin (PSB), para discutir a “carteira de projetos” que ela tem para o estado. Alckmin, que tem uma relação antiga com a tucana, já se colocou à disposição para ajudar.
Avaliação
Em entrevista à Rádio Folha, o deputado Danilo Cabral (PSB), falou sobre a derrota sofrida ainda no primeiro turno das eleições, que acabou com a hegemonia do PSB, em Pernambuco. O parlamentar disse que o governo Paulo Câmara (PSB) foi bom para levar investimentos às prefeituras, mas que o trabalho não chegou à população. “É preciso fazer uma autocrítica”, afirmou.
Racha
As declarações de alguns deputados federais do PL sinalizando apoio ao presidente eleito geraram um racha legenda. O assunto foi levantado por deputados da ala bolsonarista num grupo de WhatsApp. Alguns deles, mais exaltados, defenderam a expulsão dos parlamentares que se alinharem ao governo Lula.
Biografia
Em uma entrevista exclusiva, o filho mais novo de Lula, Luís Cláudio, disse ao Metrópoles que o pai merece “terminar de escrever a biografia dele” com a oportunidade de fazer um governo de sucesso. O caçula chegou a ser investigado na Operação Lava Jato, mas o inquérito foi arquivado em 2020.
Tentativa fracassada
O presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou judicializar a eleição. Antes do primeiro pronunciamento após a derrota, o chefe do Planalto procurou o Exército para questionar a vitória de Lula na Justiça, tentando torná-lo inelegível mais uma vez. Integrantes das Forças Armadas, entretanto, não apoiaram a ideia do presidente.