Às vésperas de completar um ano da greve dos caminhoneiros, a Petrobras anunciou, na noite desta quarta-feira (17), um reajuste de até 5,1% a mais no valor do diesel. Em média, segundo a empresa, o aumento será de R$ 0,10 por litro nas refinarias. O novo preço começou a valer a partir de hoje (18) com o diesel sendo vendido a R$ 2,27 o litro.
Uma das classes mais afetadas, os caminhoneiros não gostaram do reajuste no combustível. Parte da categoria articula uma nova paralisação nos próximos dez dias.
Além disso, de acordo com o Sindicato dos Cegonheiros do Estado de Pernambuco, outra insatisfação da categoria aqui no estado está relacionada às condições reais das rodovias e valores do frete. O Sindicado afirmou que as opiniões entre os caminhoneiros, aqui no estado, estão divididas. Alguns profissionais acreditam que o atual Governo tem se esforçado para tentar solucionar as reivindicações.
De acordo com Milton Freitas, presidente do Sindicato dos Cegonheiros de Pernambuco, por enquanto, não há possibilidade de greve no estado.
“A minha categoria tem conversado com os meninos do combustível e eles falaram que não vão parar. Mesmo porque a discussão está muito grande lá em Brasília, sobre essa situação da Previdência e alguns pacotes muito importantes para o nosso país, e a nossa categoria não vai atrapalhar isso, por enquanto; enquanto estamos sendo escutados pelo Governo Federal. Eu vejo muito, nas redes sociais, pessoas que não têm nada a ver com a nossa categoria, levantando essa situação de paralisação. Estamos bem atentos a isso”, afirmou.
Na última semana, a Petrobras divulgou que o aumento seria de 5,7%, mas após interferência do presidente Jair Bolsonaro, a empresa preferiu segurar o reajuste.
“O Governo Federal, faz quatro meses que está no poder. Acreditamos que é muito pouco pra gente entrar numa briga dessa. Estamos fiscalizando isso pra não sermos massa de manobra”, concluiu.
A greve dos caminhoneiros começou em 21 de maio de 2018, motivada pela alta dos combustíveis. A paralisação durou nove dias e bloqueou rodovias de 24 estados e no Distrito Federal.