Recebi com indignação a notícia da reintegração de posse, requerida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e, infelizmente, acatada pelo Justiça Federal, da Escola de Formação Paulo Freire, no Assentamento Normandia, Caruaru, para onde eu já fui dezenas de vezes e no qual já proferi palestras, participei de debates e seminários, e sobre o qual comprovo inédita utilidade social e educativa.

Esta é mais uma aberração de um governo que não tem o que fazer, além de expressar absurdos e perversidades todos os dias no noticiário. 

Quão absurdo é um órgão público como o Incra solicitar reintegração de um imóvel que, outrora, ele mesmo orientou os trabalhadores sem-terra a utilizarem como centro de formação? Desde 1998 que a Escola de Formação Paulo Freire capacita educadores, técnicos, trabalhadores e camponeses nas mais diversas áreas do conhecimento, desde a pedagogia até técnicas de produção de alimentos saudáveis, sem agrotóxicos e sem destruição do meio ambiente.

Presto minha inteira solidariedade ao Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) por mais esse brutal ataque deferido pelo Governo Bolsonaro contra a autonomia das instituições democráticas e dos movimentos sociais. Estamos à disposição para a luta neste momento tão grave de nossa democracia.

Viva os trabalhadores e trabalhadoras Sem-Terra, viva a agricultura familiar saudável e sem agrotóxicos.

Teresa Leitão (PT)

Deputada Estadual de Pernambuco