O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) ressaltou nesta quinta-feira (19), em entrevista à imprensa, o posicionamento contrário da Procuradoria Geral da República (PGR) à operação de busca e apreensão autorizada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal.
“Eu acho que a PGR também entendeu [o excesso da medida]. Prefiro que vocês leiam a decisão para não parecer apenas uma opinião pessoal minha. Claramente, os meus advogados entendem que foi um excesso, uma medida muito extensa, desnecessária para os objetivos de esclarecer os fatos pertinentes à investigação. Acho que a manifestação da Procuradoria foi muito clara nesse sentido”, afirmou. “Acho que a manifestação da PGR já diz tudo, de que não havia nenhuma necessidade dessas diligências.”
Fernando Bezerra Coelho acrescentou que continua à disposição para prestar todos os esclarecimentos. “Esses são fatos que já vão completar oito anos e que estão sob investigação há muito tempo. Temos certeza que, como outros inquéritos, eles terão o mesmo destino, que será o arquivamento.”
O senador informou ainda que colocou o cargo de líder do governo à disposição do presidente Jair Bolsonaro. A decisão foi comunicada ao ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. “Tomei a iniciativa de colocar à disposição o cargo de líder para que o governo possa, ao longo dos próximos dias, fazer uma avaliação se não seria o momento de proceder a uma nova escolha ou não. Esse é um julgamento e um juízo que serão feitos pelo presidente e pelos ministros da Casa Civil e da Secretaria de Governo”, disse.