A pandemia de coronavírus nos estados e municípios não só mudou o dia a dia das pessoas, como também tem causado prejuízo para diversos setores. A rapidez no avanço da doença tem feito pensar não somente no quanto ela ainda pode perdurar, mas também nas consequências que já vem trazendo.
De acordo com o Ministério da Saúde, o pico do surto no Brasil deve acontecer entre abril e junho, e só em setembro as coisas devem começar a voltar ao normal. Com isso, além de tantos impactos que a Covid-19 pode causar, um deles tem preocupado alguns pré-candidatos: o adiamento das eleições 2020, que estão marcadas para acontecer em outubro. O próprio ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, é um dos defensores da ideia, já que, segundo ele, o pleito pode tirar o foco dos gestores no combate à doença, e causar uma verdadeira tragédia.
Parte da população também é adepta a essa possibilidade, e inclusive defende a transferência do fundo eleitoral para o Sistema Único de Saúde. A proposta é que prefeitos, vice-prefeitos e vereadores tenham os seus mandatos estendidos até 2022, quando também acontecerá o pleito para definir governadores, deputados estaduais e federais, senadores e presidente, realizando eleições unificadas pela primeira vez no país.
O método inédito reduziria consideravelmente os custos financeiros para os cofres públicos. A mudança também beneficiaria aqueles que têm mandato, já que teriam mais tempo para melhorar a estrutura e disputar o próximo pleito. Por outro lado, pré-candidatos que já vinham colocando o bloco na rua seriam prejudicados, uma vez que precisariam mudar a tática e teriam que permanecer em campanha por mais dois anos, ou entregar os pontos. Além disso, se uma parte da população encontra dificuldade para escolher dois candidatos, votar em sete poderia causar um grande caos nos colégios eleitorais.
Apenas o Congresso pode tomar a decisão mudando a legislação eleitoral, que deve passar por reformulações caso a ideia se concretize. Adiando ou não as eleições, é necessário que, neste momento, os nossos representantes enfrentem as dificuldades da pandemia de frente, e andem de mãos dadas, independente das bandeiras partidárias que cada um defende. Que as eleições fiquem para segundo plano.
Adiamento – Um dos que defendem o adiamento é o deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos). Para ele, não há nenhum ambiente favorável para se tratar das eleições deste ano. O parlamentar reforça que já existe uma corrente forte no Congresso Nacional defendendo a unificação das eleições para 2022.
Prioridade – O deputado federal Carlos Verás (PT) vai remanejar suas emendas para serem aplicadas na área da saúde. Serão cerca de R$ 10 milhões que servirão para o combate ao coronavírus. O montante atenderá a municípios do Agreste, Sertão e Região Metropolitana do Recife.
Panelaço – Diversas cidades registraram panelaços contra o presidente Jair Bolsonaro durante a semana passada. O que chama atenção é que os atos aconteceram em bairros de classe média, onde está o maior eleitorado do governante. Os protestos são pela postura em relação ao Covid-19.
Destaque – Na contramão de Bolsonaro, o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta tem roubado a cena e atuado fortemente contra o avanço do novo coronavírus. O médico tem recebido elogios sobre o seu desempenho.
Medidas – Quem não tem medido esforços para que Caruaru continue fora do mapa da Covid-19 é o secretário de Saúde do município, Francisco Santos. Diariamente novas ações são aplicadas. Uma delas, que tem início hoje, é a instalação de barreiras sanitárias, em ações conjuntas que vão realizar abordagens a veículos.
Fake news – Muitas pessoas têm usado as mídias sociais para compartilhar mentiras relacionadas ao coronavírus. Acontece que muitas dessas notícias acabam causando pânico nas pessoas. É preciso ter responsabilidade ao divulgar qualquer tipo de informação dessa natureza. O momento é de crise e exige sensatez.