“Tenho quase certeza que eles estão tomando hidroxicloroquina”, diz Feitosa sobre Paulo Câmara e André Longo

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Publicado por Américo Rodrigo
27 de maio de 2020 às 07h14min
Foto: Evane Manço

O deputado estadual Alberto Feitosa (PSC) foi o convidado do Papo de Política desta semana. Militar da reserva da PM, o parlamentar atua como ferrenho apoiador do presidente Jair Bolsonaro em Pernambuco.  

Crítico do lockdown instalado em cinco cidades da RMR, Feitosa também é defensor do uso da cloroquina. Ele disse que pediu na justiça que o secretário de Saúde do Estado, André Longo, apresente o receituário dos remédios usados no seu tratamento.

“Se contaminou ele, o governador, a vice-governadora. Eu entrei com uma ação na justiça, porque acho que ele deveria dar satisfação ao público, enquanto secretário de Saúde, e dizer o que está tomando. Se eu tivesse de apostar, se tivesse uma banca de aposta, tenho quase certeza que eles estão tomando hidroxicloroquina”, garantiu o parlamentar. 

Durante a entrevista, o deputado falou sobre o fim do ciclo de 12 anos de liderança do PT na Prefeitura do Recife. Sem nunca ter sido testado nas urnas, Geraldo Julio (PSB) chegou ao Palácio Capibaribe ainda no primeiro turno, com o apoio do ex-governador Eduardo Campos. Para Alberto Feitosa, Eduardo foi o grande responsável pela derrubada do PT na capital pernambucana.

“Em determinado momento Eduardo foi se afastando do PT, foi se afastando de Dilma, foi se afastando do próprio Lula. Quem tirou o PT da Prefeitura foi Eduardo Campos, foi o PSB. Eduardo, com o Sr. Geraldo Julio, tira o PT dizendo que o PT não tinha mais condições de administrar o Recife”, disse o deputado.

Político experiente, Feitosa foi eleito por quatro vezes deputado estadual, mas abandonou dois mandatos para ocupar cargos em governos do PSB. Ex-secretário de Turismo de Eduardo, e ex-secretário de Saneamento de Geraldo Julio, o parlamentar é hoje pré-candidato a prefeito do Recife e um dos grandes críticos da gestão socialista no estado e na capital pernambucana. Ele disse que se transformou em opositor Devido à reaproximação do PSB com o PT, o afastou do Solidariedade, partido pelo qual foi eleito em 2018, e que faz parte da base de apoio do governador Paulo Câmara (PSB).

“Quando chega no final de 2017 e início de 2018, eu começo a conversar com lideranças mais próximas a Geraldo Julio e ao PSB, dizendo que na volta [do PSB] para o PT, eu estaria fora, porque o meu eleitorado e as minhas posições não permitiam. Esse foi o estopim. Eu sou voto vencido no partido Solidariedade, já fui muito afastado”, contou.

Expulso do Solidariedade por defender Bolsonaro, Feitosa chegou a patrocinar carreatas e outros eventos em apoio a Bolsonaro em Pernambuco. Hoje no PSC, sigla onde estão os apoiadores do ex-capitão a exemplo do presidente da Embratur, Gilson Machado Neto, o parlamentar afirma que não é o candidato de Bolsonaro no Recife, mas quer bater de frente com Geraldo Júlio tendo o apoio do presidente.

“Minha entrada no PSC se deu por várias questões. Eu tomei uma posição pelo alinhamento que tinha com André Ferreira e por toda uma conjuntura que foi feita. Mas se eu disser que foi articulado pela presidência, não é verdade. Se eu quero ser o candidato de Bolsonaro, se eu quero receber o apoio de Bolsonaro, eu quero sim”, afirmou.

A entrevista completa com o deputado estadual Alberto Feitosa está disponível em https://bityli.com/nlJrO.

Américo Rodrigo

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