AGU pede que TSE não investigue Bolsonaro por escândalo do MEC

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Publicado por Karol Matos
11 de abril de 2022 às 18h00min
Foto: Isac Nóbrega

O Tribunal Superior Eleitoral recebeu um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não seja investigado no escândalo do MEC, onde pastores estariam sendo favorecidos na distribuição de verbas do Ministério da Educação. A ação foi proposta pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Segundo a AGU, não há elementos que justifiquem a abertura de uma investigação eleitoral, já que apenas houve uma “menção indevida” ao chefe do Planalto.

O jornal O Estado de S.Paulo já havia divulgado a existência de um “gabinete paralelo” no MEC, tocado por dois pastores evangélicos sem cargos oficiais na pasta. No pedido de investigação, o partido diz que as denúncias de supostas irregularidades configuram abuso de poder político e econômico, o que poderia levar à inelegibilidade do presidente da República.

Recentemente, um áudio onde Milton Ribeiro afirma priorizar repasses da Educação a determinadas prefeituras e a pedidos do presidente Bolsonaro ganhou o noticiário. “Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar”, afirma Ribeiro em conversa gravada. “A minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar”, declarou o ministro.

Apesar de, logo em seguida, negar a existência de irregularidades, bem como o envolvimento de Bolsonaro, Ribeiro passou a ser objeto de pedidos de investigação. Com toda a polêmica o então chefe do MEC foi demitido do cargo.

Com informações do Metrópoles*

Karol Matos

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