Tomou posse nesta segunda-feira (22), durante cerimônia realizada no Auditório Sérgio Guerra, na Assembleia Legislativa de Pernambuco, a nova diretoria do Conselho Regional de Odontologia de Pernambuco.
Políticos e representantes da pasta de saúde da Prefeitura do Recife também participaram do evento que reuniu diversos profissionais da área, entre dentistas, técnicos e auxiliares. Em discurso, o presidente reeleito, Eduardo Vasconcelos, criticou o Governo em relação às ações voltadas para a saúde bucal no estado.
“Pernambuco é um estado que há um ano tem um governo novo e há um ano a gente não tem política de saúde bucal apresentada ainda. E eu fico muito triste de não ter a representação do governo estadual presente, a qual eu fiz questão de convidar pessoalmente, porque são eles que vão arbitrar nosso futuro. Mas eu fico feliz por ter sido aceito pelo presidente da Assembleia Legislativa, dr. Álvaro Porto, fazer a posse aqui. É um parceiro nosso para propor projetos de lei que incluam cirurgião dentista no ambiente hospitalar, que discutam um piso salarial e financiamento para a odontologia no Estado de Pernambuco”, disse.
Eduardo ainda denunciou a dificuldade para realização dos serviços de cirurgia bucomaxilofacial no interior do estado, principalmente no Hospital Regional do Agreste, que é referência em atendimento a trauma no que se refere ao Agreste e parte do Sertão.
“A gente só tem serviço de emergência e trauma bucomaxilofacial, de verdade, funcionando aqui em Recife. Em Caruaru, no Regional do Agreste, onde deveria ter material, o serviço não funciona, por falta de material, ou funciona precariamente. As duras penas do profissional cirurgia bucomaxilofacial que está no hospital”, denunciou.
O presidente do CRO-PE ainda falou sobre a expectativa de recursos que devem chegar a Pernambuco.
“Não é possível que a odontologia continue assim, em Pernambuco e no Brasil. A gente sabe que o Governo Federal vai injetar R$ 3,8 bilhões. É um investimento histórico na odontologia, no Brasil, mas esse recurso precisa ter a destinação correta. Ele não pode ser, simplesmente, jogado na conta de municípios e não chegar na ponta para quem precisa de serviço”, completou.