Em ao menos três momentos, João Campos (PSB) mostrou que rancor é palavra que não cabe em seu dicionário. O apoio de Marília Arraes (SD), a reafirmação do MDB e o apoio de Miguel Coelho, pelo União Brasil, mostram a opção por unir para entregar mais, sabendo escolher as lutas que valem a pena.
Ao receber o anúncio do apoio de Marília, nesta terça (3), o gestor foi enfático ao dizer que “quando forças se unem, quem ganha é a população”. Deu a senha para lembrar o gesto dele em 2022, quando subiu ao palanque da ex-deputada no segundo turno das eleições ao lado do presidente Lula.
Quando a articulação política do Governo do Estado dava como certo o ingresso do MDB, João preferiu optar pela construção feita tête-à-tête, fazendo a costura aos poucos, virando o jogo um a um. Foi assim que trouxe para a sua base o até então vereador da oposição Tadeu Calheiros, que exaltou a “capacidade de realização e, principalmente, de diálogo com a população”.
João também foi enfático ao dizer “eu não tenho medo de sombra”, em discurso na posse de Antônio Coelho, irmão de Miguel que disputou as eleições contra o PSB no ano passado. Depois de atrair o até então aliado de Raquel Lyra (PSDB), João mostrou o perfil agregador, sem perder tempo olhando para divergências ou para o retrovisor. Soube somar, e não afastar.