Raquel Lyra tem reunião ‘secreta’ com Boulos e se mostra preocupada com eleição do Recife

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Publicado por Karol Matos
10 de maio de 2024 às 10h15min
Foto: Reprodução

Há cerca de 15 dias, a governadora Raquel Lyra (PSDB) teve um encontro ‘secreto’ com o pré-candidato a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL). A informação foi trazida pelo colunista do Metrópoles, Guilherme Amado.

A conversa aconteceu num café de Brasília e tratou sobre São Paulo e Recife. Apesar de serem ideologicamente distantes, Boulos e Raquel têm em comum o fato de serem opositores ao PSB nas duas capitais.

Em São Paulo, a deputada federal Tabata Amaral (PSB), também é pré-candidata a prefeita e o partido dela tem mantido conversas para que o PSDB apoie o projeto da socialista, tudo o que Raquel não quer. Primeiro pelo PSB ser o principal opositor a ela em Pernambuco e segundo, porque Tabata é namorada do prefeito de Recife, João Campos (PSB), que vai à reeleição e pode ser o nome mais forte a disputar o Governo do Estado contra a tucana em 2026.

Já no Recife, existe um outro elemento de interesse de Raquel, que é a pré-candidatura do seu aliado, o deputado federal Túlio Gadelha (Rede). Dentro da federação PSOL-Rede, a deputada estadual Dani Portela (PSOL) e eles estão colocados como pré-candidatos.

Há alguns dias, a federação anunciou que Dani tinha sido oficializada para a disputa, mas Túlio diz que na nacional conseguirá consolidar seu nome. Dani tem acusado o deputado de ser uma espécie de “plano B” de Raquel Lyra, que tem Daniel Coelho (PSD) como seu candidato oficial. O Blog Cenário tentou contato com a parlamentar para saber se ela foi comunicada sobre o encontro, mas não conseguiu retorno.

A federação PSOL-Rede é presidida no país por nada mais nada menos que o próprio Guilherme Boulos. Apesar de a assessoria da governadora ter negado ao Metrópoles que ela tenha ido “interceder” por Túlio, uma fonte nacional da federação informou a nossa reportagem que, na conversa, Raquel teria dito que uma vitória expressiva de João Campos não será algo bom para ela em 2026.

A interferência de Raquel Lyra no debate desses partidos só demonstra o quanto a eleição de 2024 tem tirado o sossego da chefe do Executivo estadual, já que o tamanho que ela e João Campos sairão deste embate pode dar os rumos do que deve acontecer daqui a dois anos.

Karol Matos

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