O secretário executivo da Previdência Social e presidente estadual do PDT Pernambuco, Wolney Queiroz, recebeu o Blog Cenário, nesta terça (21), para falar sobre a estratégia do partido para as eleições deste ano. Ao invés de lançar muitos nomes, a legenda terá menos de 15 candidaturas a prefeito, com o objetivo de investir esforços nos projetos viáveis. A principal cidade é Caruaru, onde o pai dele, o ex-deputado Zé Queiroz vai tentar chegar ao Palácio Jaime Nejaim pela quinta vez.
Segundo Wolney, uma das grandes expectativas do partido era ter de volta o deputado Túlio Gadêlha (Rede), que é pré-candidato a prefeito do Recife, o que não aconteceu. “Havia a expectativa de que Túlio se filiasse ao partido também, o que acabou não acontecendo. Foi esperado até o último minuto do prazo final, que ele pudesse ingressar no partido. Não aconteceu”, disse.
Com o impasse na federação Rede-PSOL, a efetivação da candidatura de Túlio ainda é uma incógnita. Questionado se, caso o parlamentar não dispute, o PDT pode apoiar Daniel Coelho (PSD), pelo fato de o partido estar no governo Raquel Lyra, Wolney elencou dificuldades.
“O empecilho com Daniel é um empecilho ideológico. Daniel é um liberal convicto, é um opositor do nosso campo, sempre foi. Foi um opositor do governo Dilma, é um oponente do presidente Lula, é alguém que ideologicamente tem ideias muito diferentes das nossas, e o presidente Lupi sabe disso. Então, há uma dificuldade do ponto de vista prático de um apoio a Daniel. Túlio, se fosse candidato, eu acho que seria mais fácil: já esteve no partido, uma pessoa que está tentando se reaproximar, já prometeu voltar para o PDT, então, teria mais facilidade de apoio, mas eu acho que Daniel é mais difícil”, afirmou.
Ainda sobre Recife, Wolney mais uma vez explicou que não há rompimento pessoal entre ele e o prefeito João Campos (PSB), tanto que o PDT ainda continua ocupando uma secretaria na PCR, justificando que a única questão que afetou Pernambuco foi a disputa do Ceará.
“Essa aliança foi desorganizada por questões alheias à minha vontade e à dele. Isso [o rompimento no Ceará] foi considerado pelo presidente Lupi como uma agressão partidária. Então, com isso, ele exigiu o rompimento com o PSB na capital. O PDT, assim como outros partidos, tem no seu estatuto que em municípios acima de 200 mil eleitores a decisão do apoio é da nacional. Então, a gente submete à decisão da nacional. Não há nenhum problema de João Campos conosco a não ser esse” completou.