Acaba a greve dos professores da UFPE

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Publicado por Redação
27 de junho de 2024 às 14h20min
Foto: Sidney B. Carneiro

A greve dos professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) chegou ao fim. Em assembleia convocado pela Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), realizada nesta quinta (27) no auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), a categoria aprovou, com 963 votos a favor, 427 contra e 45 abstenções, o encerramento da paralisação, que começou em 22 de abril. Ao todo, foram 1.435 votantes.

Na prática, a greve acaba em 3 de julho, mas o calendário acadêmico pós-paralisação será estabelecido pela Adufepe junto à Reitoria da UFPE. Os professores definiram ainda que a data de retorno às aulas será 8 de julho. 

A presidenta da Adufepe, Teresa Lopes, destacou a participação dos docentes na assembleia que definiu o fim da greve. “Nós tivemos muitas conquistas, todas fruto da nossa mobilização. O governo entendeu que as nossas demandas eram justas. Agora é trabalhar para readequar o calendário para que não tenhamos mais prejuízos”, reforçou Teresa.

Precisamos sentar com a reitoria para definir como será a reposição das aulas. Nós temos um novo perfil de alunos, com a maioria vindo das cotas.  Isso tem que ser levado em conta”, explicou a presidenta do sindicato.

Mesmo com zero de reajuste este ano, o governo anunciou que a categoria terá 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.

Apesar de a pauta do reajuste salarial não ter sido plenamente atendida, uma série de outras demandas da categoria foi atendida. Por exemplo, a recomposição do orçamento das universidades e a garantia de uma permanência de qualidade para os estudantes. 

Outra conquista da greve foi a revogação da Portaria 983/2020, que aumentava a carga horária dos profissionais de ensino de institutos federais e colégios de aplicação, prejudicando as atividades de pesquisa e extensão. Mais ganhos contabilizados são os reajustes em benefícios como auxílio alimentação, saúde suplementar e creches e as 5.600 bolsas de permanência para estudantes quilombolas e indígenas, além do anúncio do PAC das Universidades, que vai destinar R$ 5,5 bilhões para expansão e criação de novos campi em todo o Brasil, incluindo um em Sertânia. 

Redação

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