Entrevistado de hoje na Rádio Folha, o deputado estadual Renato Antunes (PL) avaliou a situação do processo eleitoral no seu partido não só no estado, mas principalmente no Recife, onde Gilson Machado (PL), candidato a prefeito, criticou e muito a condução dos irmãos Anderson e André Ferreira, que lideram o diretório estadual do Partido Liberal e são aliados de Antunes.
O deputado disse que, diferente de Gilson, que deixou muito clara sua posição, outros candidatos “esconderam” seus padrinhos políticos. Entretanto, o uso do nome de Bolsonaro teria sido exacerbado.
“A gente nunca pode esconder o que é. Nesse aspecto, Gilson, podem falar o que for, ele é o que ele é. Ele fala de Bolsonaro e não é uma fantasia, ele fala de coração. Só que falar de Bolsonaro não era o suficiente para tratar de Recife”, iniciou, completando sobre Daniel Coelho (PSD) e João Campos (PSB): “no meu ponto de vista, faltou [Daniel] falar do Governo do Estado. Parece que estava escondendo a governadora. Cada um que queria esconder seu governador ou seu presidente. O prefeito escondendo Lula, Daniel, infelizmente, escondeu a governadora e Gilson mostrou demais Bolsonaro, faltou equilíbrio”, avaliou.
Renato acredita que a estratégia da direita não foi acertada, porque “Bolsonaro foi e continua sendo importante para o partido, como o grande líder que é”, mas que a campanha de 2022 é diferente da de 2024, não dando para usar o mesmo debate em eleições tão distintas.
“Eleição para federal, para deputado, para Senado, é uma coisa, eleição para prefeito, para vereador é outra. A logística é diferente e, infelizmente, quem não se atentou a isso quebrou a cara. E não é porque é ruim, quebrou a cara porque errou na estratégia”, disse.
O deputado afirmou que tanto ele, quanto Anderson Ferreira deram conselhos para a campanha de Gilson, mas o ex-ministro foi “senhor” do próprio processo eleitoral, tendo que arcar com os acertos e erros, alegando em outro momento que faltou debater mais os problemas do Recife e menos as pautas nacionais.
Ainda durante a entrevista conduzida por Jota Batista e Betânia Santana, Renato, que chegou a ter o nome cogitado a disputar a Prefeitura da capital pernambucana, assumiu ter o sonho de, um dia, comandar a PCR.