O presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, Ricardo Paes Barreto, reuniu um seleto grupo de veículos para fazer um balanço das suas ações à frente do TJPE neste ano de 2024. Desde o início da gestão, ele determinou como prioridade aproximar o judiciário do cidadão em todo o estado e fez questão de percorrer todas as regiões para conhecer de perto as necessidades de cada uma delas e fortalecer a interiorização das ações do Tribunal com linguagem simples, acessível e de forma que possa trazer mais celeridade à tramitação de processos judiciais.
No encontro de ontem (18), Paes Barreto anunciou que neste período de férias, quando o litoral pernambucano recebe muitos turistas, o TJPE vai estrear o Juizado do Verão, uma iniciativa semelhante aos juizados do Forró, no São João de Caruaru; do Frio, no Festival de Inverno de Garanhuns; e também do Folião, nos polos de Carnaval do Recife e Olinda, fazendo com que pequenas ocorrências sejam resolvidas de forma mais rápida, nesses locais de maior fluxo de pessoas.
O TJPE também tá engajado na transformação digital da Justiça, com investimentos já realizados em infraestrutura, treinamento e aplicativos, porque os processos são muito lentos, às vezes é preciso esperar anos para o julgamento de uma ação. Por isso, o empréstimo de aproximadamente R$ 200 milhões através do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) será importante para investir em Inteligência Artificial e ajudar na celeridade desses processos.
“Vamos, então, com isso, incrementar ainda mais tudo que for necessário do parque tecnológico para que a gente tenha, ao final, uma resposta mais rápida do processo. Lembro sempre, a atividade fim do judiciário é julgar os processos, é dar o direito de cada um o mais rápido possível, com segurança, mas só poderemos fazer com o uso da tecnologia. Hoje é impossível ao ser humano, com volume absurdo. O volume dos juízes brasileiros é o maior do mundo, então, a gente tem que dar outras ferramentas”, disse o presidente.
Outro ponto que trará mais eficiência ao TJPE é um maior número de magistrados. Em Pernambuco existe um déficit de 100 juízes em todo o estado, conforme explicou o desembargador. O Tribunal tem um concurso público já em vigor, mas o processo de seleção é muito minucioso e demora um pouco mais. Por isso, segundo o presidente, é possível que um novo concurso seja realizado.
“Nós temos um déficit de cerca de 100 juízes aqui em Pernambuco. Um concurso para a magistratura leva cerca de um ano e meio até a posse dos novos juízes e juízas, mas nós estamos desde o dia 1º de dezembro, já com a primeira prova dando andamento. A previsão é se encerrar em fevereiro de 2026, vejam que leva tempo. Vamos nos esforçar e, dependendo da quantidade de candidatos que forem passando para as etapas subsequentes, nós poderemos já fazer um outro [concurso], um em cima do outro, para que a gente possa suprir no mínimo uns 40, 50 juízes numa primeira oportunidade”, finalizou Paes Barreto.