
O prefeito do Recife, João Campos (PSB), falou pela primeira vez sobre a ida do Avante para a base da governadora Raquel Lyra (PSD). Ontem (24), o presidente do partido, Sebastião Oliveira, celebrou a posse do seu indicado, o ex-prefeito de Custódia, Manuca, como novo secretário de Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo.
O deputado federal Waldemar Oliveira (Avante), irmão de Sebá, será responsável por indicar o novo administrador de Fernando de Noronha e a expectativa é de que seja o filho do parlamentar, Virgílio Oliveira. Durante entrevista ao Blog Cenário, no Palácio, Sebastião disse que os cargos no Procon já estavam à disposição de João e afirmou que teria uma conversa com o socialista para explicar a saída do governo municipal.
Nesta terça (25), depois do congresso municipal do PSB, João Campos disse que quem precisa falar sobre esse assunto é Sebastião e que ele não cometerá qualquer tipo de desrespeito contra o ex-aliado. Eles não conversaram.
“Faz parte da dinâmica da política. Ao mesmo tempo que tem gente que sai, tem gente que entra e na dinâmica da política é absolutamente natural que essas coisas aconteçam. Ele ainda não conversou comigo, mas também não vou ter nenhuma dificuldade de conversar com ele. Quem precisa falar sobre o movimento é ele, não sou eu. E vocês não vão ver de minha parte nenhum tipo de desrespeito, de afronta ou coisa do tipo. Acho que na política a gente precisa ter compreensão das coisas. Eu tenho muita convicção da forma como eu faço política, estou todos os dias nas ruas conversando com as pessoas e minha principal aliança é com o povo”, disse o gestor,
O prefeito ainda foi provocado a comentar sobre uma possível chegada do PSDB à sua base, partido ao qual Raquel foi filiada até pouco tempo e que pode ir para as mãos do presidente da Alepe, Álvaro Porto (PSDB). Ele, no entanto, foi econômico nas palavras e evitou prolongar o assunto.
“Como eu disse, é esse mesmo movimento. é normal ter acomodações partidárias por circunstâncias diversas, tanto de mudança de direção do partido, à reflexão de pensamento. Então é absolutamente natural que movimentos aconteçam”, disse, sem citar se tem essa expectativa de chegada do PSDB.