O deputado estadual Antonio Coelho (UB) voltou à tribuna da Assembleia Legislativa, nesta semana, desta vez para denunciar a suspensão dos procedimentos cirúrgicos no Hospital Dom Tomás, em Petrolina, devido à falta de pagamento dos repasses que são de responsabilidade do Governo do Estado. O parlamentar classificou a postura da gestão estadual como uma afronta, um grande descaso, por não estar tratando o câncer com a prioridade que ele deveria ter.

“Recebi essa notícia alarmante de Augusto Coelho (diretor do Dom Tomás), informando que as cirurgias do hospital estão suspensas devido à falta de repasse dos recursos devidos pelo Estado. Essa situação prejudica o funcionamento da instituição, que é uma referência nacional no tratamento oncológico. O Dom Tomás proporciona um tratamento humanizado, de alta tecnologia, seja na quimioterapia, como, muito em breve, também o será na radioterapia”, destacou o deputado.

Para reforçar a importância da unidade hospitalar não só para Petrolina, mas todo o estado de Pernambuco, o parlamentar sublinhou que, apenas no ano de 2024, o hospital Dom Tomás, ofereceu mais de 480 mil procedimentos médicos, entre consultas, cirurgias, mamografias e tantos outros tratamentos que a unidade de saúde pôde ofertar. Serviços, esses, frisou o deputado, que vêm transformando milhares de vidas, inclusive, representando para muitos a última e melhor esperança para o prolongamento da vida e, claro, a busca pela cura definitiva.

Mostrando indignação com os atrasos dos repasses dos recursos, o deputado Antonio Coelho revelou que já vinha se preparando para fazer um pronunciamento a respeito da defasagem no valor dos repasses que vinham sendo realizadas ao Dom Tomás pelo governo estadual, pois, os tratamentos que o hospital faz, de fato, são muito superiores aos repasses correspondidos pelo estado.

“Se a defasagem já colocava em risco os serviços prestados pela instituição, o que nós temos aqui, hoje, é uma realidade para ficar ainda mais preocupado e indignado com esse atraso indevido, desde dezembro, com os repasses que a gestão estadual deve ao Hospital Dom Tomás”, censurou o parlamentar. “A nossa indignação não é apenas nossa, mas representa a indignação de centenas de milhares que dependem do hospital Dom Tomás”, advertiu ele, cobrando, na sequência, que essa demanda urgente seja encaminhada não só para a Secretaria estadual de Saúde, mas, também, para a governadora Raquel Lyra (PSD), a fim de que ela possa dar uma solução o quanto antes para essa pauta prioritária.