
Enquanto a sabatina do novo indicado para a administração de Fernando de Noronha, Virgilio Oliveira, ainda passa por um estica e puxa que já dura mais de 29 dias, o arquipélago tem funcionado sob gerência do adjunto, Aglailson Neto. Na prática, o Distrito Estadual de Fernando de Noronha está há quase três meses sem um administrador-geral, o que reacendeu, entre os ilhéus, o movimento para que o arquipélago tenha eleições diretas.
Na segunda (21), um grupo realizou um protesto para pedir que uma PEC, apresentada pelo deputado Waldemar Borges (PSB) seja analisada. A proposta prevê que, assim como em todos os municípios do estado, Noronha também possa eleger seu administrador pela maioria de votos dos moradores locais. Essa demanda foi discutida pelo Conselho Distrital, mas até então, não tinha nenhuma data para ser votada.
Entretanto, na Alepe, há um certo receio por parte de setores da bancada governista de que Borges cobre a votação da PEC antes da sabatina de Virgilio Oliveira, indicado pela governadora para administrar a Ilha. Isto porque, considerando os prazos em ordem cronológica, a PEC está há muito mais tempo na fila de espera e a preocupação é justamente que ela seja pautada antes da sabatina, o que mudaria completamente a conjuntura do debate. A matéria já tinha sido apresentada em dezembro do ano passado, mas Waldemar pediu para retornar, alegando que melhoraria a proposta.
Ontem (24), Virgilio Oliveira esteve na Alepe ao lado da líder do governo, deputada Socorro Pimentel (UB), e visitou gabinetes de diversos parlamentares, entre eles o do presidente da Casa, Álvaro Porto (PSDB), e o do Coronel Alberto Feitosa (PL), que comanda a Comissão de Constituição, Legislação e Justiça – onde a indicação segue travada.
O Blog Cenário procurou Feitosa para saber se algo mudou depois do encontro, mas ele já antecipou que não fará a distribuição da proposta na reunião da próxima terça (29), porque “a pauta já está muito extensa”.