
A marca que o prefeito de Lajedo, Erivaldo Chagas (Republicanos), tem deixado como legado nesses primeiros meses de sua segunda gestão no município é de autoritarismo e ingratidão com aliados que foram fundamentais na sua vitória em 2024.
A primeira vítima foi o ministro Silvio Costa Filho, trocado por emendas do deputado Felipe Carreras (PSB). Já a segunda, e mais recente, foi a vice-prefeita, Socorrinho Duarte, que acumulava a função de secretária de Assistência Social de Lajedo e foi exonerada por não apoiar os nomes escolhidos por Erivaldo para estadual e federal em 2026.
A retaliação de Erivaldo à sua vice antecipou o pleito de 2028, colocando sua companheira de gestão na vitrine como uma potencial pré-candidata à sucessão. Bastante querida na cidade, Socorrinho foi decisiva na eleição passada. Pesquisas apontavam que ela tinha a preferência de ambos os grupos para compor a chapa.
Com a ferida aberta, Erivaldo, que chegou ao poder pelas mãos do ex-prefeito Adelmo Duarte, pai de Socorrinho, vai precisar conviver com os questionamentos dos eleitores, que aguardam ansiosamente a próxima vítima de um prefeito que não mede as consequências para tentar construir uma liderança que nunca possuiu.