Veras cita quatro nomes para 2ª vaga do Senado e diz que Miguel precisa “conquistar a confiança”

Notícias
Por Karol Matos
24 de agosto de 2025 às 18h00min
Foto: Wesley D’Almeida

Empossado presidente estadual do Partido dos Trabalhadores na tarde deste domingo (24), o deputado federal Carlos Veras fez fortes afirmações sobre as prioridades do PT para as eleições de 2026. Durante o discurso, Veras disse que o partido “não é moeda de troca” e que precisa estar numa aliança que dialogue com as pautas defendidas pela legenda, tendo protagonismo na construção do programa de governo. 

Assim como todas as lideranças presentes, o novo presidente defendeu a reeleição do senador Humberto Costa, mas garantiu que o PT não estará dividindo uma chapa que seja composta por outro candidato a senador que seja bolsonarista. Na coletiva de imprensa, Veras listou os nomes que considera alinhados ao campo político de Lula, sem citar Miguel Coelho (UB).

WhatsApp
Receba nossos conteúdos direto no seu WhatsApp

Clique aqui, inscreva-se e ative o sininho.

Entrar no canal

Não vamos ter dois de esquerda, mas pelo menos um de centro que não vá se juntar com as forças reacionárias como os facistas no Congresso Nacional. Nós temos bons nomes que estão apontados. Temos a própria companheira Marília Arraes, do Solidariedade, Silvio Costa Filho, que já declarou apoio ao presidente Lula e ao senador Humberto Costa, independente de qualquer coisa. Uma declaração forte e que pega a gente de surpresa, mas ao mesmo tempo é muito gratificante”, avaliou.

Esses são dois nomes que têm chance maior com a gente. Mas também não pode desconsiderar que tem o senador Fernando Dueire, que é do MDB, que tem uma relação próxima com o PT nacional, com o presidente Lula. Talvez, dos partidos de centro, é o que está mais próximo nacionalmente, que estará com o presidente Lula no primeiro turno. Tem o Eduardo da Fonte do PP, que sempre teve uma boa relação com a gente. Eu lembro de quando Humberto foi candidato a prefeito, foi uma eleição muito difícil em 2012, Eduardo da Fonte e o PP estavam com a gente”, completou.

Depois dessa declaração, Veras foi questionado sobre a exclusão de Miguel Coelho (UB) da lista de opções e respondeu que o ex-prefeito de Petrolina não é “bolsonarista raiz”, mas que para poder se tornar opção, precisa fazer mais gestos.

Miguel não é um bolsonarista raiz, isso eu tenho que admitir. O pai dele foi líder de Bolsonaro, como foi líder do governo do presidente Lula e Dilma. Miguel é de um partido e de uma filosofia de que eles ‘são governo’. Eles são muito próximos dos governos, tanto que o União Brasil tem cargo no governo Lula. Ele [Miguel] precisa ainda conquistar a confiança desse campo, que eu acho que não tem, como Marília, Silvinho e o próprio Fernando Dueire. A gente tem que dialogar, não pode ter vetos, mas tem que ter uma linha política. Um senador de esquerda, que é Humberto e um senador de centro que o candidato a governador ou governadora também tem que ter a liberdade de escolher, não vai ser a gente quem vai indicar, mas vamos fazer recomendações nesse campo”, ponderou o presidente do PT.

Carlos Veras ainda disse que vai tentar trabalhar para que o PSOL não lance o nome da vereadora do Recife, Jô Cavalcante, que está trabalhando sua pré-candidatura para o Senado. “Tem que trabalhar com o PSOL, para que também não lance candidato a senador, que apoie o nosso candidato. Para a gente conseguir isso, vai ter que ter muito diálogo”, finalizou.

Karol Matos

Ouça agora AO VIVO