
A troca de declarações, nesta segunda (17), entre a governadora Raquel Lyra (PSD) e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Álvaro Porto (PSDB), acerca da PEC determinando que o valor das emendas suba para 2% em 2027, fez o tucano não incluir na ordem do dia desta terça (18) o projeto de empréstimo de R$ 1,7 bilhão para o Governo de Pernambuco.
Mais cedo, Raquel Lyra reuniu parte da base que integra sua bancada na Alepe e fez um apelo para que os deputados não votassem a favor da PEC, alegando que o Estado não tem “folga no orçamento”. Fontes revelaram à coluna que este teria sido o estopim para que Álvaro não colocasse a operação de crédito para votação hoje, como havia sido anunciado na semana passada.
Sem acordo sobre as pautas financeiras, Executivo e Legislativo seguem travando uma batalha que parece não ter fim. O novo episódio deve acirrar ainda mais o clima entre os dois chefes dos poderes, que demonstram não recuar um milímetro, travando quedas de braço em busca da narrativa ideal.
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Impacto – A PEC criticada pela governadora é de autoria do deputado Alberto Feitosa (PL) e tem o objetivo de dobrar o valor total das emendas para a próxima legislatura. Caso fosse aprovada, a medida chegaria R$ 788,6 milhões em valores direcionados para ações em municípios e entidades. A votação estava prevista para hoje (18), mas com o impasse, não há uma nova data para análise.
Motivação – Para a PEC relacionada ao aumento das emendas passar no plenário da Alepe, seriam necessários 30 votos favoráveis à matéria. Em reserva, um parlamentar da base afirmou à coluna que o fato da votação ser nominal causaria desgaste com o governo estadual e seria motivo suficiente para que não fosse aprovada.
Revelação – O mesmo parlamentar foi pragmático afirmando que se a votação fosse secreta, a grande maioria dos governistas também votaria favorável, visto que as emendas são importantes para a prestação de serviço que beneficiam diretamente as bases de cada um. “Como o voto é aberto, ninguém tem coragem de se queimar”, disse.
Futebol – A Alepe aprovou ontem (17), em segunda discussão, o substitutivo de autoria da deputada Débora Almeida (PSDB), que trata do projeto de combate à violência em eventos esportivos em Pernambuco. Ela foi a relatora e destacou o diálogo com os clubes, torcidas organizadas e o Poder Público ao longo da construção da matéria.
Chamadas – O horário nobre dos comerciais de TV também têm antecipado a disputa de 2026 em Pernambuco. A noite de ontem (17) foi recheada de propagandas dos governos de Raquel Lyra (PSD) e João Campos (PSB), tentando falar com o público mais ligado ao outro. Os anúncios do Governo Estado tinham ênfase na RMR. Já uma peça do PSB citava as ações da PCR para as mulheres.












