O ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, que comanda as Forças Armadas, comentou sobre a prisão de militares que arquitetaram um plano para dar um golpe de Estado matando o então presidente e vice-presidente eleitos, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), além do ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Para o ministro pernambucano, não foi algo institucional, mas uma iniciativa pessoal dos envolvidos. “Não são pessoas que representam as Forças Armadas. Não estavam representando os militares. Estavam com os CPFs deles, isso foi iniciativa de cada um. Eu desejo que tudo seja apurado, que os culpados sejam verdadeiramente julgados pela Justiça”, avaliou. “Eu desejo, e as Forças também desejam, que verdadeiramente quem mancha o nome das Forças Armadas, se verdadeiramente for culpado, que seja punido”, completou o ministro.
A tentativa de golpe de Estado, conforme apuração da Polícia Federal, aconteceria em dezembro de 2022, pouco antes da posse dos atuais chefes da União. O nome da “operação” seria “punhal verde e amarelo” e um documento com o “planejamento” deste plano foi encontrado nas dependências do Palácio do Planalto.
O responsável pela impressão do documento, segundo as investigações, é o general reformado Mário Fernandes, que foi secretário-executivo da Presidência da República no governo e ex-assessor do ex-ministro e deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ). Além dele, outros três militares do Comando de Operações Espaciais do Exército (kids pretos) e um policial federal também foram presos.