Alepe vai debater novos planos municipais de saúde para populações vulneráveis

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Por Redação
5 de agosto de 2025 às 11h00min
Foto: Divulgação

A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) realiza nesta quarta (6), às 10h, uma audiência pública para debater o atendimento à saúde no estado a populações vulnerabilizadas. Nesse universo estão os moradores de rua, indígenas, ciganos, negros, pessoas com deficiência, grupo LGBTQIAPN+ e população dos campos, florestas e águas. O debate foi motivado em função de um estudo promovido pelo Ministério da Saúde (MS). O órgão verificou que 16 municípios pernambucanos não incluíram nenhuma política de saúde para essas populações. A audiência será no auditório Sérgio Guerra, às 14h30, na sede Alepe.

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O estudo realizado de 2022 a 2025 concluiu que há fragilidades na incorporação dessas populações nas políticas de saúde municipais, destacando a necessidade de maior sensibilização e responsabilização para garantir a equidade no SUS. Segundo a nota técnica do Ministério da Saúde, os planos municipais de saúde são importantes porque representam um instrumento de gestão municipal, evidenciando as políticas e programas a serem executados por um período pré-determinado. Para ter acesso ao estudo basta acessar o link:
Notas Técnicas nº 1 e nº 6- 2025 – Populações Vulnerabilizadas – OneDrive

Dentre as finalidades de audiência pública na Alepe está a de incentivar as cidades a incluir essas populações nos seus planos municipais do quadriênio 2026 a 2029. O estudo do MS revelou que esses grupos encontram barreiras no acesso e na qualidade dos serviços de saúde, oriundos das desigualdades sociais, econômicas, culturais e territoriais.

A Superintendência de Saúde e Medicina Ocupacional da Alepe fez a articulação para a realização da audiência pública. A iniciativa visa dar visibilidade e oferecer um subsídio aos parlamentares, gestores, técnicos e conselheiros estaduais quanto à criação e execução de políticas públicas de saúde mais acessíveis, eficientes e direcionadas a essas populações, alinhadas aos princípios do SUS.

Construção coletiva
Os planos têm validade de quatro anos. O mais recente, realizado de 2022 a 2025, identificou que em Pernambuco 16 cidades não adotaram nenhuma medida de inclusão. Segundo a chefe do Serviço de Articulação Interfederativa e Participativa do MS, Roberta Amorim, a ideia da audiência pública é fazer uma provocação para que os municípios e as populações que estão em situações de vulnerabilidade possam ajudar na construção dos próximos planos.

É fundamental trazer as populações de vulnerabilidade mais para perto dessa elaboração. Estamos no ano de construir novos planos e o SUS tem essa característica do controle social”, destacou.

De acordo com Roberta, o debate pretende promover na prática uma ampla discussão, visando incentivar os municípios que ainda não adotaram o plano, e trazer a Alepe para esse novo olhar. “A gente pensou não em melhorar o plano que acaba neste ano, mas incrementar os próximos. Vamos discutir como podemos qualificar a construção do próximo quadriênio. E pensar diferente no sentido de ter os planos focados na questão da melhoria da equidade, do acesso. São populações que precisam ter ações específicas” comentou.

A audiência pública contará com a presença de representantes da Superintendência Estadual do Ministério da Saúde em Pernambuco (SEINP/SEMS-PE), do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de Pernambuco (COSEMS/PE), da Secretaria de Saúde do Estado (SES/PE), do Distrito Sanitário Especial Indígena em Pernambuco (DSEI/PE), do Conselho Estadual e Municipais de Saúde , além de representantes das populações vulnerabilizadas e ONGs.

Segundo o presidente da Comissão de Saúde da Alepe, deputado Sileno Guedes (PSB), a ideia é trazer visibilidade ao tema e envolver parlamentares, gestores, técnicos e conselheiros estaduais na criação e execução de políticas públicas de saúde mais acessíveis. “É importante incluir políticas de saúde eficientes e direcionadas a essas populações, afinadas com os princípios do SUS. É fazer uma grande reflexão para todos da sociedade. O SUS não faz nada sozinho. Precisa da mobilização de todos”, enfatizou.

Redação

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