Opinião | O peso da palavra e o valor do respeito

Opinião
Por Redação
16 de agosto de 2025 às 11h50min
Foto: Divulgação/TJPE

Por Ricardo Paes Barreto*

A velocidade da informação, marca dos tempos atuais, é uma força capaz de aproximar pessoas, difundir conhecimento e fortalecer a democracia. No entanto, quando usada de forma irresponsável, essa mesma força pode se tornar arma de desinformação, ódio e ataques contra pessoas e instituições.

Não se pode aceitar que redes sociais se transformem em arenas de agressões pessoais ou campanhas movidas por interesses obscuros. A crítica construtiva é pilar do debate democrático e é sempre bem-vinda, mas é preciso distinguir o diálogo legítimo e transparente das ações que, sustentadas em falsidades e protegidas pelo anonimato, visam apenas corroer reputações e enfraquecer a confiança pública.

O cenário atual mostra distorções cada vez mais evidentes: grandes empresas e pessoas mal-intencionadas remunerando conteúdos baseados em postagens, no mínimo, questionáveis; redes sendo usadas para fabricar narrativas e manipular percepções; e denúncias recentes, como a feita pelo youtuber Felca, que reacendem o debate sobre transparência e responsabilidade nas plataformas digitais. 

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O tema já ocupa espaço central no debate nacional, reforçando a urgência de medidas que coíbam abusos e protejam a integridade do espaço público.

O Estado de Direito oferece instrumentos para coibir excessos, responsabilizar condutas ilícitas e proteger a honra e a credibilidade das instituições. Essa proteção é fundamental não apenas para quem atua no serviço público, mas para toda a sociedade, que depende de instituições fortes e respeitadas para funcionar de forma justa e equilibrada.

No Poder Judiciário de Pernambuco, mais de 500 magistrados e magistradas e quase 8 mil servidores e servidoras trabalham diariamente com um propósito comum: promover a pacificação social, garantir direitos, combater a violência doméstica, realizar ações de cidadania que aproximam a Justiça da população, fomentar soluções consensuais de conflitos e assegurar que cada pessoa tenha voz e vez diante da lei. Esse trabalho incansável, que, por volumoso e cotidiano, muitas vezes não aparece nas redes, é a base sólida que sustenta o Estado de Direito.

Ainda assim, mesmo atarefados com nossas atribuições, estaremos sempre preparados e preparadas para enfrentar novos desafios, inclusive aqueles que se apresentam no ambiente digital, quando ataques orquestrados buscam minar a credibilidade de pessoas e instituições. A Justiça está atenta. E pronta para agir.

*Presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco

Redação

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