Coluna da sexta

O prefeito João Campos (PSB) não esperou chegar o período pré-eleitoral para iniciar as articulações visando sua reeleição em 2024. A ideia do gestor recifense é contemplar, pelos próximos dias, lideranças e partidos que não estão encontrando espaço no governo estadual, como fez com o União Brasil de Luciano Bivar e o PSD de André de Paula.

Também é possível que o socialista reacomode o PP na estrutura municipal e abra mais espaços para o MDB e Republicanos. Em tese, essas três siglas fazem parte da Frente Popular, mas em 2022 seguiram rumos diferentes no segundo turno. O PT é outro partido que pode ganhar espaço na Prefeitura do Recife. A legenda entregou os cargos que ocupava em 2020, quando lançou Marília Arraes como candidata.

Aliado do presidente Lula, João Campos deve trabalhar junto ao Governo Federal para atrair investimentos para o Recife, sem ficar dependendo da boa vontade de Raquel Lyra (PSDB) em atender o município. Apesar de iniciarem o ano estabelecendo uma boa convivência institucional, serão adversários indiretos e diretos nas duas próximas eleições.

Retorno
Quem está de volta à Prefeitura do Recife é a jornalista Cacau de Paula. Ela vai reassumir o posto de secretária de Turismo e Lazer do município, que deixou a pasta em maio do ano passado, após seu pai, o agora ministro André de Paula, ter rompido com a Frente Popular para disputar o Senado na coligação Pernambuco na Veia.

Protagonismo feminino
Durante a campanha, Raquel Lyra (PSDB) não prometeu paridade de gênero nos cargos de decisão no seu governo, mas fez isso na prática. Pernambuco ganhou o posto de estado brasileiro com mais mulheres ocupando espaços no primeiro escalão.

Avanço
O advogado Delmiro Campos celebrou a lei que tipifica como crime de racismo a injúria racial. Também haverá aumento da pena do crime de injúria for praticado em eventos esportivos ou culturais e para finalidade humorística. O jurista atua na área desportista e a legislação chega para reforçar o combate a esse crime.

Confiança
Apesar do presidente Lula admitir o erro de José Múcio no episódio da selvageria em Brasília, no último domingo (8), o petista descartou a exoneração do ministro da Defesa. O pernambucano vem sendo alvo de “fogo amigo”, de setores do PT que internamente querem a saída dele.

Comparação
Tão logo foram divulgados os gastos do cartão corporativo de Bolsonaro, seus apoiadores trataram de fazer um comparativo com os valores utilizados por Lula nos seus dois primeiros governos. Resultado, as faturas do petista são bem superiores às do ex-presidente.