Na próxima quinta-feira (1°), os pernambucanos terão de pagar mais pelo combustível de automóveis e motocicletas. O Governo do Estado determinou um aumento no preço de referência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que afetará o valor do diesel, gasolina e etanol em Pernambuco. Após tomar conhecimento da medida, o prefeito Miguel Coelho (MDB) se manifestou contrário à decisão e pediu a suspensão do reajuste ao governador Paulo Câmara (PSB).
O gestor lembra que o momento é muito delicado e o aumento do imposto coincide justamente com o dia da reabertura dos segmentos econômicos, após duas semanas de quarentena. O prefeito, em sua argumentação, citou que Pernambuco tem mais de R$ 1,9 bilhão em caixa e houve, no último ano, acréscimo de 14% na receita obtida através de ICMS.
Miguel acrescentou ainda que o aumento de impostos dificulta o diálogo entre prefeitos, gestores e a sociedade no sentido de cobrar sacrifícios a comerciantes e empreendedores, como fechar estabelecimentos ou reduzir receitas. “Nós, enquanto gestores, estamos pedindo a solidariedade e que cada um faça sua parte. Não é hora de cobrar mais das pessoas que estão pagando mais no sacrifício do dia a dia de suas empresas, seus negócios e suas famílias”, alertou.
Para o prefeito, o melhor caminho é suspender qualquer aumento no ICMS e buscar mais formas de recuperar a economia de Pernambuco. “É hora de estender a mão, de dar alternativas para que as pessoas possam ajudar o Estado a gerar empregos e distribuir renda. Vamos superar a pandemia salvando vidas, mas também empregos, dando alternativas para que as pessoas possam contratar, contrair empréstimos, investimentos e ver nosso Pernambuco voltar a crescer”, sugeriu o prefeito.