Em declaração feita à CPI da Covid-19, o Ministério da Saúde informou que não vai utilizar a CoronaVac a partir de 2022. A informação foi confirmada por Danilo de Souza Vasconcelos, diretor de Programa da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, e Rosana Leite de Melo, secretária do mesmo setor.

A justificativa, segundo os representantes do ministério, é porque a vacina do Instituto Butantan não recebeu autorização definitiva da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além da “baixa efetividade entre idosos acima de 80 anos”.

“Até o presente momento, a autorização (da CoronaVac) é temporária, de uso emergencial, que foi concedida para minimizar, da forma mais rápida possível, os impactos da doença no território nacional. Além do fato de estudos demonstrarem a baixa efetividade do imunizante em população acima de 80 anos, discussões na Câmara Técnica não indicaram tal imunizante como dose de reforço ou adicional”, informaram os servidores à CPI.

Até o momento, a Anvisa só autorizou de forma definitiva no Brasil o uso dos imunizantes Pfizer-BioNTech e Astrazeneca/Fiocruz. A CoronaVac e a Janssen possuem apenas a autorização para uso emergencial. A vacina do Instituto Butantan tem efetividade média de 42% em idosos acima de 70 anos, segundo um estudo feito em maio, de forma preliminar, por pesquisadores brasileiros que integram o grupo Vaccine Effectiveness in Brazil Against COVID-19 (Vebra Covid-19) e apoiado pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).