Após uma enxurrada de críticas da classe política, sindicatos que representam os servidores estaduais, além de órgão de controle, como o TCE, a governadora Raquel Lyra (PSDB) alterou o decreto que trata da exoneração de comissionados e os que recebem função gratificada.
O documento de número 54.393 foi republicado no Diário Oficial desta quarta (4), sob justificativa de que houve “incorreção no original”. Dentre a lista de servidores comissionados que não serão exonerados, o texto inclui agora os profissionais que fazem parte das equipes da gestão de escolas regulares, técnicas e de referência.
Confira aqui a lista dos cargos que ficaram de fora da exoneração imediata
O texto permanece com as mesmas determinações anteriores, incluindo as que tratam de trabalho remoto, licenças e cessão de servidores. Os que estiverem dentro do estado de Pernambuco têm até sexta-feira (6) para se apresentar aos cargos de origem. Já os que trabalham em outro estado precisam voltar em até 30 dias, contados a partir de 1º de janeiro. Na noite passada, pelas redes sociais, a governadora se posicionou sobre o caso.
“Pernambuco sofre com fome, violência, saúde ruim. Pra mudar, faremos as coisas de jeito diferente do passado. Exoneramos cargos comissionados do antigo governo. Em áreas essenciais, como escolas, hospitais e presídios, profissionais serão mantidos. Pernambuco vai mudar”, escreveu.
Exonerações
Em 2006, o governador Mendonça Filho também adotou uma medida semelhante, exonerando, à época, mais de 7 mil comissionados. Como a coluna Cenário Político trouxe, alguns deputados foram afetados com o decreto de Raquel, perdendo espaço para acomodar aliados.
Fontes ligadas ao Palácio dizem que é preciso fazer uma “reorganização”. Vale ressaltar que, além da medida estabelecida mediante este decreto, a nova gestão ainda enviará para a análise dos deputados uma reforma administrativa, com o objetivo de “enxugar a máquina”, o que deve gerar mais extinção de cargos na estrutura governamental.
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