Antes de pegar a estrada para o interior, onde cumpre agenda nesta quinta-feira (4), a deputada estadual Débora Almeida (PSDB) recebeu o Blog Cenário para uma entrevista exclusiva no gabinete 105.
Ela explicou porque na Comissão de Justiça foi a favor do voto secreto para a indicação ao TCE, mas votou contra quando a matéria foi ao Plenário. Segundo a parlamentar, a comissão analisa a legalidade da matéria, que era constitucional. Por isso se posicionou favorável. Diferente do Plenário, quando votou de acordo com o que considera indispensável, que é a transparência no processo legislativo.
A aprovação foi considerada como o “game over” para Débora na corrida pelo tribunal, mas a parlamentar não enxerga dessa forma e garantiu que a candidatura dela está de pé, principalmente pelo currículo que possui, tendo sido prefeita em duas ocasiões e procuradora concursada da AGU.
“A nossa candidatura ao Tribunal de Contas está firme, a gente ‘tá’ conversando com cada um dos deputados e tem a nossa experiência, tanto como procuradora, quanto como administradora, gestões públicas. Ou seja: uma pessoa que já esteve dos dois lados”, disse.
Apesar de não ter verbalizado que sua candidata é Débora Almeida, a governadora Raque Lyra (PSDB) já defendeu publicamente que uma mulher deve substituir a conselheira Teresa Duere, que há duas décadas é a única mulher na Corte e deixará o cargo já no próximo mês. Almeida disse tem os 10 votos necessários para poder concorrer ao TCE, e conseguirá conquistar a o apoio da maioria dos deputados para validar seu nome ao tribunal.
“Ainda tem um tempo. Aqui é tudo muito dinâmico. Hoje é uma coisa, amanhã é outra, mas a gente tem uma base aqui dentro e eu tenho certeza que a gente vai conseguir. A primeira coisa são as 10 assinaturas, os 10 apoiadores iniciais para você ser candidato. A gente tem essas assinaturas. É necessário ter 25 votos para poder ser eleito no primeiro ou no segundo turno, então a gente vai conseguir, com certeza”, afirmou Débora.
Ainda ontem (3), a Alepe aprovou por unanimidade o projeto de lei que autoriza a contratação de empréstimos, com garantia da União, na ordem de R$ 3,4 bilhões. A matéria, apesar de ser vista como importante pelos parlamentares, precisou de uma costura política intensa para que pudesse ir ao Plenário. A maior queixa dos deputados era sobre o relacionamento do Palácio com a Casa. Para Débora, apesar da poeira ter baixado agora, ainda haverá muita discussão ao longo dos próximos projetos que o Executivo enviar para a Alepe.
Ouça a entrevista completa: