Logo após o pronunciamento da deputada Débora Almeida (PSDB), que protestou contra o movimento de parte da Comissão de Finanças, que aconteceu com a anuência de Álvaro Porto [confira o link abaixo], o presidente da Assembleia Legislativa entrou no embate com a colega de partido e aproveitou o ensejo para declarar guerra ao Palácio. “Não sou subserviente a ninguém”, disse.

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“Não sou omisso. Vou deferir tanto quanto seja preciso”, afirmou, falando sobre ter autorizado a realização da reunião extraordinária da comissão. “Não ‘sou’ eu que feri regimento, que omiti R$ 1,1 bilhão no orçamento do Estado. Não fui eu que às 18h dessa segunda-feira, o último dia para entrega de projetos… entregaram projeto aqui às 18h, no último horário, onde a equipe desta Casa trabalhou até uma e meia da manhã, e por isso não poderia ser publicado no Diário Oficial, porque o costume que tem é o de mandar projeto de lei ao apagar das luzes”, concluiu Álvaro.

É preciso pontuar que a primeira referência feita pelo presidente trata-se da inconsistência apontada pelo TCE, na redução do orçamento de alguns órgãos. Os recursos foram distribuídos entre as ações do Estado. Com isso, os presidentes do tribunal e do Legislativo se movimentaram para fazer uma reestimação da LOA e garantir o equilíbrio orçamentário entre todos os poderes.

Álvaro, enquanto presidente do Poder Legislativo, já teve milhares de embates com a governadora Raquel Lyra (PSDB), mas há um fator que pode ter aumentado ainda mais a tensão entre eles: a sucessão do comando do PSDB em Pernambuco. Como o Blog Cenário trouxe ontem (21), ele queria ser o presidente do partido, mas foi pego de surpresa com o anúncio de que o empresário Fred Loyo seria o novo líder tucano. A reação dele foi imediata, garantindo que os candidatos a prefeito que têm seu apoio, não vão se filiar ao PSDB. Reconduzido para o biênio 2025-2026, Álvaro serviu hoje um aperitivo de sua posição, que será cada vez mais incisiva contra o Palácio do Campo das Princesas.