Apesar de ter esfriado, nos bastidores, a história sobre o diálogo da governadora Raquel Lyra (PSDB) com o PDT de Carlos Lupi, ainda é forte a possibilidade de o partido passar a integrar o Governo do Estado, depois da reforma administrativa que está para ser votada na Assembleia Legislativa. A ideia seria tirar o partido de João Campos (PSB), e fortalecer o projeto de reeleição dela para 2026. 

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Se os Queiroz aceitassem uma aliança, isso mexeria bastante na conjuntura em Caruaru, porque ter a governadora perto fortaleceria o ex-prefeito para a disputa de 2024, com chances reais de fazer Wolney Queiroz voltar a ser deputado federal em 2026. Uma ótima oportunidade que, inclusive, fez o secretário executivo da Previdência Social ajustar o discurso e, realmente, considerar uma união entre os dois grupos. O pai dele, que há alguns dias até chegou a dar sinais de que poderia dialogar com a tucana, mostrou ontem (28), que reprova a ideia de ir à mesa com Raquel neste momento. 

“Não tenho porquê estar conversando com a governadora Raquel Lyra. Não tem nenhum motivo, nenhuma agenda. Eu já havia dito isso: Raquel Lyra não é minha adversária. Ela é governadora, eu estou em outro patamar. Eu estou disputando a Prefeitura de Caruaru, de modo que o que eu quero é ganhar as eleições e, no dia seguinte, estar no Palácio do Governo”, disse o ex-parlamentar. Quando foi questionado se pediria voto a Raquel, ele completou: “não, não vou pedir. Não se pede voto a governador”.

Renegar um diálogo estratégico com Raquel Lyra empurra de uma vez a governadora para o palanque de Rodrigo Pinheiro (PSDB), que faz todos os gestos possíveis e imagináveis para continuar tendo ela como aliada exclusiva dele em Caruaru. Esse tipo de atitude de Queiroz, de não baixar a guarda e não ter a humildade de admitir que precisa de condições políticas para conseguir ao menos concorrer em pé de igualdade, prejudica ainda mais o projeto dele que segue patinando na Capital do Agreste.

O pedetista ainda não desistiu de ter o Republicanos e o PT no palanque no primeiro turno, só que, enquanto o primeiro está prestes a ter Rodrigo na sua lista de filiados, o segundo, no que depender do senador Humberto Costa, terá a deputada estadual Rosa Amorim candidata a prefeita, o que deixa Zé Queiroz cada vez mais isolado.