A governadora Raquel Lyra (PSDB) tinha tudo para finalizar a ‘Semana Santa’ da forma que iniciou: de maneira positiva, quando lançou o programa Mães de Pernambuco. Entretanto, a forma autoritária que mantém as relações políticas não permitiu essa concretização.
Com uma administração mal avaliada na capital pernambucana, onde está presente o maior colégio eleitoral do estado, a tucana não tem conseguido difundir a mensagem do seu governo para a população recifense, elemento que tem refletido nos números de rejeição.
Assim como deixou o MDB escapar das suas mãos por achar que tudo está confortável ao seu redor e que a política funciona no seu tempo, outros aliados que andam impacientes com o trato recebido também podem buscar alternativas que vão além do Palácio do Campo das Princesas.
A relação entre Executivo e Legislativo segue delicada, prova disso tem sido a dificuldade em aprovar projetos da maneira como chegam na Casa, a exemplo da matéria que trata das faixas salariais de policiais e bombeiros. Raquel tem provado na pele que sem a política, nada faz sentido.
Gesto – Neste sábado (30) o presidente estadual do PSDB, Fred Loyo, desembarca em São Bento do Una, onde será recebido pelo pré-candidato a prefeito da cidade, Zé Almeida, pai da deputada e vice-presidente da legenda, Débora Almeida, que tem dado importante contribuição à sigla tucana e ao governo Raquel na Alepe. O empresário são-bentense é o filiado em atuação mais antigo do partido.
Escolha – Circula nos bastidores que o líder da oposição na Câmara do Recife, vereador Alcides Cardoso, pode trocar o PSDB pelo PL. O presidente da sigla, Fred Loyo, vai fazer o possível para que isso não aconteça, mas caso ocorra, afirmou que vai respeitar a decisão. O empresário também revelou que seu partido deve montar chapa proporcional na capital, sob condução de Daniel Coelho.
Aproximação – Durante ato de apoio do MDB ao projeto de reeleição de João Campos (PSB), o socialista fez rasgados elogios ao prefeito de Vitória de Santo Antão, Paulo Roberto (MDB), que sempre foi mais inclinado ao grupo liderado pela governadora Raquel Lyra (PSDB). O gestor da Mata Sul foi decisivo nas costuras que podem ir além do Recife.
Solução – A articulação do prefeito João Campos (PSB) para garantir a presença do MDB no seu palanque não resolveu apenas esse ponto, mas também pacificou o clima dentro da legenda, que expressou unidade na decisão política. Existiam muitas divergências sobre a posição a ser tomada, causando discordância entre entre os principais nomes do partido.
Pausa – A coluna Cenário Político, que vai ao ar de segunda a sexta, vai tirar um pequeno intervalo e retoma na próxima segunda (1º). Desejo a todos os leitores deste espaço uma abençoada Páscoa e que o período seja de renovação, reflexão e compaixão.